A Arte do Amor

Ovídio segundo Walerian Borowczyk, através de uma erótica evocação histórica.

Em Roma, no ano 8 depois de Cristo, Ovídio dá lições a um grupo de jovens sobre a arte do amor. Ovídio reflecte sobre a sedução da mulher quando o marido parte para a guerra, sobre as melhores formas de a obrigar a ceder aos nossos desejos bem como sobre outras situações menos agradávais, como, por exemplo, ser surpreendido pelo pai da rapariga. Entretanto, um grupo de raparigas também procura conselho junto de Ovídio sobre as melhores técnicas para seduzir um homem. Nos nossos dias, uma bela arqueóloga é acordada por um padre, no meio de uma auto-estrada, que se parece com os jovens romanos do seu sonho.

Mestre do cinema erótico, bem patente em filmes como "Contos Imorais", "O Monstro" ou "As Heroínas do Mal", o polaco Walerian Borowczyk realizou em 1983 uma nova incursão pelos domínios da sexualidade e da História evocando, desta vez, a Roma antiga através da adaptação de um texto de Ovídio. Como sempre, Borowczyk cria uma envolvente atmosfera de sensualidade explícita, num filme de fascinante dimensão pictórica, que tenta demonstrar que muito pouco mudou entre os tempos da Roma antiga e a Europa contemporânea, nos domínios do desejo e do amor.