Vertigem Azul

Um poema visual em estado líquido sobre o imenso azul do Mundo do Silêncio, na visão apaixonante de Luc Besson

O francês Jacques Mayol e o italiano Enzo Molinari são amigos e rivais há 20 anos. Os dois são recordistas de mergulho em apneia, o que os tem levado a descer a grandes profundidades nos mais variados mares do planeta. Mayol é um solitário introvertido, apaixonado pelos golfinhos, enquanto Molinari é um tipo extrovertido que vive rodeado pela família. O mergulho livre a mais de 90 metros de profundidade é uma autêntica vertigem azul a que um dia Mayol é incapaz de resistir, decidindo libertar-se de todo o contacto com a superfície e seguir os golfinhos até ao infinito, até à morte.

Em 1988 a grande sensação do Festival de Cannes foi um filme de um jovem cineasta de 29 anos de idade sobre uma história de mar, amizade e encantamento. O filme era ?Vertigem Azul? e o seu autor, Luc Besson, que com este trabalho se tornava, por direito e admiração, numa das grandes revelações do cinema francês. ?Vertigem Azul? é em ficção o que há muitos anos atrás Cousteau fez em documentário, uma fabulosa e apaixonante visão do mar. Besson, para além da história de amizade e rivalidade entre dois campeões de mergulho livre, filma o mar, filma o imenso azul, filma o Mundo do silêncio. O mar é a primeira e a última razão deste filme, e é a paixão de Besson traduzida em imagens. Rodado ao longo de nove meses nos mares que banham países tão distantes como a Itália ou o Perú, ?Vertigem Azul?, nas fabulosas imagens de Carlo Varini e sob o inconfundível som da música de Eric Serra, é um genuíno e deslumbrante poema visual e emocional em estado líquido, com Besson a capturar de forma prodigiosa a magia da vertigem do mar e a particular relação do Homem com o universo das profundidades. Um filme raro e invulgar, fascinante e belo com Jean-Marc Barr, Jean Réno e Rosanna Arquette nos principais papeis.