Portugal S.A.

Uma história de vingança e amor, cruzando a história recente de Portugal num filme do cineasta luso-brasileiro Ruy Guerra

Alexandre Boaventura é um poderoso empresário que, com a Revolução de Abril, viu os seus bens nacionalizados e foi obrigado a exilar-se no Brasil. Duas décadas depois, o Governo português apoia o seu regresso e privatiza o Grupo Boaventura para fazer face ao domínio espanhol. Mas, Boaventura, um homem poderoso e sem escrúpulos, só pretende vingança do país.
Jacinto é administrador do importante grupo económico-financeiro recuperado por Alexandre Boaventura. Enquanto estudante, Jacinto pertenceu a um grupo de brilhantes jovens universitários, dos quais um é atualmente ministro e outro um destacado político da oposição. Ambos pretendem informações sobre as atividades económicas do grande empresário, nomeadamente sobre um grande negócio que está a realizar com espanhóis, e que pode colocar as suas carreiras em jogo.
Este grupo de amigos cresceu sob a orientação espiritual do padre Francisco, um homem maquiavélico que continua a manipular e a interferir nas suas carreiras e nas suas vidas privadas, inclusivamente promovendo o casamento de Jacinto com Rosa, uma mulher ambiciosa, viciada em cocaína e com um quê de ninfomaníaca. Mas, o verdadeiro amor de Jacinto é uma outra colega, Fátima, uma mulher bela e intelectualmente brilhante que regressa a Portugal para tentar salvar a corretora do falecido pai, mas, para isso, precisa de obter informações sobre as atividades do patrão de Jacinto e não hesita em reavivar a antiga paixão.
Dividido entre deveres de lealdade, amizade e amor, Jacinto tenta resistir à sedução de Fátima e às pressões dos antigos colegas, num ambiente de caos familiar, em que a mulher o incentiva a ser ambicioso e o engana com outros homens. Farto de ser usado e traído por todos, Jacinto decide tomar o destino nas suas próprias mãos e, passando a jogar com as mesmas regras que os outros, transforma-se num homem ambicioso e disposto a tudo.