AS TRÊS ÉPOCAS

Uma porta aberta para uma outra dimensão da obra de Buster Keaton

THREE AGES...TRÊS ÉPOCAS! Uma estrutura de montagem que faz lembrar a de INTOLERANCE, um dos monumentos cinematográficos, dirigido por D. W. Griffith.
Mas no argumento ou "argumentos" de Buster Keaton, o AMOR que redime os pecados do mundo parece não ser o sentimento mais adequado ou favorável para salvar as personagens dos problemas mundanos. No passado longínquo da Idade da Pedra, na Roma da Antiguidade Clássica e no presente.
Na filmografia de Buster Keaton, este filme surge após THE LOVE NEST, 1923, curta que dirigiu sozinho, ou seja, sem partilhar a realização com Eddie Cline.
Não obstante, o seu companheiro de equipa regressaria aqui para co-realizar uma das muitas obras-primas que o cineasta e actor iria assinar e interpretar nesse como nos anos seguintes, consolidando e purificando as grandes linhas da sua linguagem fílmica e do seu método de representação.
Na verdade, THE THREE AGES foi uma porta aberta para uma outra dimensão da sua obra, um primeiro degrau numa sequência de médias e longas-metragens com opções criativas cada vez mais ambiciosas. Pode ser visto como um pilar do grande edifício composto por algumas das melhores comédias de sempre¿Para além de SEVEN CHANCES, 1925, a outra média-metragem que será exibida este mês no ONDA CURTA, recordemos longas como OUR HOSPITALITY, THE GENERAL, STEAMBOAT BILL JR. e THE CAMERAMAN.