Ópera: Os Fugitivos

Suspense e comédia numa ópera de José Eduardo Rocha com libreto de Rui Zink

A ação começa com um acidente de automóvel. E, subitamente, um político ambicioso (Roberto, barítono) vê-se perdido entre dois comícios. Não sabe onde está e procura desesperadamente fugir daqueles dois velhos (Cremilde, soprano e Alfredo, baixo) que o perseguem e lhe chamam filho. A sua guarda-costas (Marta, soprano) protege-o como é seu dever, mas questiona-se...
Cruzam-se com duas personagems estranhas: uma "louca" (Elisa, contralto) com um frango na cabeça e guiando um carrinho de supermercado onde transporta um toxicodependente provocador (Ferlucci, tenor) que a trata por mãe.
O espaço vai ganhando contornos mais definidos e estes seres percebem que iniciaram afinal a última viagem. Alguém, no entanto, poderá ainda salvar-se... Onde estarão estes personagens fugitivos? De quem e de que fogem? Porque não se reconhecem e não se aceitam? Estes fugitivos fogem também de si próprios e das imagens que vêem mas não identificam. Numa fuga terminam quando aceitam o seu destino.
Ópera atual, provocadora e comunicativa. Plena de referências e musicalidade. Ópera em português recuperando a sua história e os seus arquétipos sem abdicar da irreverência e da ironia.
Conceção e Música José Eduardo Rocha
Libreto Rui Zink
Direção Musical Cesário Borga
Encenação Paulo Matos
Cenografia José Manuel Castanheira
Figurinos Rafaela Mapril
Desenho de Luz Vitor Correia
Interpretação Mário Redondo, Sara Braga Simões, José Lourenço, Elmira Sebat, Catherine Rey, José Corvelo,Emsemble Instrumental da Metropolitana
Produção Teatro da Trindade/Inatel