A Revolta dos Pastéis de Nata
HUMOR
Existirá um estilo português de fazer humor?
Tudo indica que sim, mas a verdade é que esse humor lusitano tem conhecido grandes transformações nos últimos anos.
A televisão, como em quase tudo o que acontece neste país, também moldou o humor português. Nos primórdios do surgimento da RTP, Raul Solnado transformou-se rapidamente no mais importante humorista nacional. A sua graça, inconfundível e inteligente, deu-lhe um estatuto ímpar.
Depois disso, foi preciso esperar até à década de 80 para que outro humorista rompesse a rotina. Herman José, a quem mesmo os detractores de hoje não o podem negar, marcou a maneira de rir dos portugueses e tem sido a maior referência das novas gerações de humoristas portugueses.
Com um país economicamente engripado, as televisões chamaram recentemente a si a obrigação de forçar os portugueses a rir. Aos estafados modelos dos ?Malucos do Riso?, ?Batanetes? e do ?Levanta-te e Ri?, contrapuseram-se outras propostas de qualidade que trouxeram um humor que rompe inteiramente com a toada revisteira e com a ?piadola? a piscar sempre o olho à asneira pimba.
Significará isto que os portugueses estão a ficar mais exigentes no humor?
Vamos lá a perceber:
- ?O humor português é uma má anedota??
CONVIDADOS:
Carla Andrino ? Actriz e psicóloga
Nuno Markl ? Actor, apresentador, guionista e locutor de rádio
Ficha Técnica
- Título Original
- A Revolta dos Pastéis de Nata
- Intérpretes
- Apresentação de Luís Filipe Borges
- Realização
- André Ferreira (estúdio) e Jorge Martins (exteriores)
- Autoria
- German Susín e Pedro Teixeira
- Ano
- 2006
- Duração
- 95 minutos
- Série
- 3