NOITE ESCURA

Uma obra que nos recorda que num dos berços da nossa civilização os dias e as noites não são vividas em paz

No regresso de uma missão de rotina, uma patrulha israelita decide fazer um desvio e acaba por encontrar uma mina que inutiliza o carro de combate, impedindo-os de avançar para a sua base.
Dois deles, conseguem escapar e invadem uma casa habitada por um casal de palestinianos que irão manter como reféns.
No exterior, os guerrilheiros do Hamas procuram-nos.
Entretanto, um dos soldados descobre que a mulher grávida a quem atou as mãos e submete agora como refém nasceu como ele na Rússia. Uma emigrante que vive naquelas paragens casada com um médico palestiniano, ou seja, o outro refém.
Com o passar das horas, os dois vão estabelecer um elo, aparentemente improvável, através de uma velha canção russa da Primeira Guerra Mundial que fala de um soldado mergulhado no silêncio de uma noite escura, um silêncio apenas quebrado pelo silvo das balas.
De igual modo, o silêncio destas quatro pessoas será quebrado por aquilo que, a partir de certa altura, parece inevitável?a mulher começa com as contracções próprias de um parto iminente e as coisas não correm bem. Perde muito sangue e precisa de uma ambulância.
De súbito, os conflitos pessoais explodem e fica a pergunta no ar?pode um israelita confiar num palestiniano ou vice-versa??
Um filme nomeado para os Óscares na categoria de Melhor Curta-Metragem, uma produção diversas vezes premiada em festivais internacionais e uma obra que nos recorda que num dos berços da nossa civilização os dias e as noites não são vividas em paz, passados mais de 2000 anos sobre o nascimento de Jesus Cristo.
Produção da Universidade de Telavive.