Norma

Norma, de Vincenzo Bellini, no Gran Teatre del Liceu de Barcelona

Tragédia lírica em dois atos, com libretto de Felice Romani baseado na obra de Alexandre Soumet e música de Vincenzo Bellini.
Com a participação da Orquestra Sinfónica e Coro do Gran Teatre del Liceu, conduzidos pelo maestro Renato Palumbo e com um elenco de luxo protagonizado por Gregory Kunde (Pollione), Raymond Aceto (Oroveso), Sondra Radvanovsky (Norma), Ekaterina Gubanova (Adalgisa), Anna Puche (Clotilde) e Francisco Vas (Flavio).

Se nós chorarmos de emoção ao ouvi-lo, não nos devemos envergonhar. Foi o que Richard Wagner disse sobre a ópera mais famosa de Vincenzo Bellini, que ele considerava o exemplo mais perfeito de uma tragédia musical. E com razão, porque em Norma o romantismo italiano chegou ao seu auge. Esta produção, dirigida Kevin Newbury, salienta os aspetos rituais do drama. Na Gália dominada pelos romanos, a suma sacerdotisa Norma quebrou o seu voto de castidade ao entrar num relacionamento com o cônsul romano Pollione e o nascimento dos seus dois filhos foi mantido em segredo.
Norma é uma heroína clássica, apaixonada e vingativa, e o seu dilema é o ponto de partida para o trabalho mais bem-sucedido do último e maior compositor do bel canto. Embora a primeira performance tenha sido um fracasso, Norma passou a ser um clássico da ópera. Chegou ao Teatro del Liceu em 1847, pouco depois da sua inauguração oficial, e foi, de fato, a terceira ópera a ser ali encenada.