Uma paródia genial ao mundo da política, do cineasta italiano Roberto Andò, com uma brilhante interpretação de Toni Servillo
Em Itália, as eleições aproximam-se. As sondagens revelam resultados pouco animadores para o secretário-geral do partido da oposição, Enrico Oliveri. Depois de um debate, ele desaparece sem deixar rasto. A sua comitiva e a sua mulher tentam encontrá-lo, mas é preciso fazer alguma coisa enquanto não o conseguem. Felizmente, Enrico tem um irmão gémeo, Giovanni. Infelizmente, ele acaba de sair do manicómio. Mas não há alternativa senão pô-lo no lugar do secretário e torcer para que ninguém perceba que ele está diferente. Esta tarefa é que se revela mais difícil. "Optimismo ao Poder" passam a ser as palavras de ordem. A poesia entra na política. A proximidade com as pessoas aumenta. Mas a grande surpresa é esta: o discurso do político, (supostamente um louco) nunca foi tão lúcido, relevante e acutilante.
Um filme dirigido por Roberto Andò, que parodia o sistema político italiano e questiona os contextos de crise. Andò também co-escreveu (em parceria com Angelo Pasquini) o argumento, que foi premiado pelo Sindicato Nacional Italiano dos Jornalistas de Cinema. O protagonismo está entregue a Toni Servillo, que interpreta os dois irmãos gémeos, contracenando com atores como Valerio Mastandrea (o assessor) ou Valeria Bruni Tedeschi (a mulher).