Filarmónica de Viena: Homenagem a Riccardo Muti

Homenagem a Riccardo Muti pela Filarmónica de Viena

A Orquestra Filarmónica de Viena presta homenagem ao maestro Riccardo Muti, por ocasião do seu 80º aniversário, num concerto dirigido pelo maestro no Teatro alla Scala. A extraordinária colaboração entre a Filarmónica de Viena e o maestro Riccardo Muti teve início no Festival de Salzburgo em agosto de 1971. Não apenas o surpreendente número de concertos que realizou, mas também a sua especial qualidade, conferem ao maestro italiano um lugar especial na história da Filarmónica de Viena. Muti prepara os concertos estudando intensamente as fontes e atribui grande importância a muitos detalhes que o tornam num profundo especialista na sonoridade da Filarmónica de Viena. A orquestra nomeou-o membro honorário e confiou-lhe já por seis vezes a direção do famoso Concerto de Ano Novo.
Riccardo Muti preparou para este concerto um programa especial e relaxante. A Sinfonia Nº4 de Schumann reflete o caso de amor do compositor alemão que estava muito feliz com o seu casamento com Clara Wieck. O resultado foi uma obra sem pausas, sem movimentos concluídos, uma sinfonia sem interrupções, o que era uma novidade em 1841. O concerto é seguido pela Sinfonia Nº2 de Brahms, talvez a obra sinfónica mais popular do compositor alemão desde a sua estreia em 1877. Um idílio natural e aconchegante que revela a inspiração que Brahms encontrou no ensolarado Worthersee. Uma serenidade agradável que ainda hoje encanta. O programa termina com a famosa Valsa Imperial de Johann Strauss (filho), uma das obras mais famosas do rei da valsa, escrita para a inauguração da sala de concertos "Konigsbau" em Berlim, a 19 de outubro de 1889. O título original "De Mãos Dadas" pretendia ilustrar os laços políticos entre as casas governantes prussiana e austríaca.