PARAÍSO PERDIDO
Alberto Seixas Santos mais uma vez a reflectir sobre a História recente de Portugal, no caso sobre os efeitos da descolonização.
Cristina, uma rapariga regressada de África que vive sozinha numa pensão, conhece por acaso numa igreja um homem, Cristovão, que lhe chamou a atenção pelo facto de não conseguir fazer o sinal da cruz. Cristina reencontra Cristovão, um professor universitário, em crise existencial e matrimonial, também ele regressado de África, e deixa-se seduzir por ele, obcecada pelas memórias do seu pai, desaparecido no Ultramar no meio do processo de descolonização. Uma ligação amorosa feita de dolorosas recordações e amargas confissões sem grande futuro.
Alberto Seixas Santos levou vários anos a completar “Paraíso Perdido”, que se enquadra perfeitamente no universo temático do autor de “Brandos Costumes”, voltando a abordar a História recente de Portugal. Seixas Santos debruçando-se sobre uma amarga nostalgia de África, através de uma inconsequente história de amor entre uma rapariga solitária e um professor universitário ambos vítimas do tormentoso processo de descolonização, reflecte uma vez mais sobre os efeitos perversos da História sobre os indivíduos e sobre as suas emoções. Destaque para as presenças de Maria de Medeiros, Rui Mendes, Manuela de Freitas e de Carlos Daniel, á cabeça de um excelente elenco.
Ficha Técnica
- Título Original
- PARAÍSO PERDIDO
- Intérpretes
- Maria de Medeiros, Rui Mendes, Manuela de Freitas, Carlos Daniel, Filipe Ferrer, Luís Santos, Mário Sargedas, João Sarabando.
- Realização
- Alberto Seixas Santos
- Produção
- Isabel Colaço
- Autoria
- Alberto Seixas Santos e António Cabrita
- Música
- Carlos Zíngaro
- Ano
- 1992
- Duração
- 87m (cor) minutos