RAINHA CRISTINA

Um melodrama da Era Dourada de Hollywood que é um dos mais lendários filmes de Greta Garbo

No século XVII, Cristina soube ao trono da Suécia após a morte de rei Gustavo Adolfo. No meio de toda a agitação europeia, em consequência da Guerra dos Trinta Anos, Cristina impõe-se como uma rainha culta e enérgica até ao dia em que conhece Don António De La Prada, o novo embaixador espanhol na corte sueca. Intrigada e fascinada por Don António, Cristina mascara-se de homem e vai ao encontro do embaixador. Revelando a sua verdadeira identidade, Cristina passa dois dias mágicos com Don António, por quem se apaixona perdidamente. De regresso à corte, Cristina recebe Don António oficialmente, que vem pedir a sua mão em nome do rei de Espanha. Os dois continuam a encontrar-se secretamente até que sinuosas intrigas ameaçam a vida de Don António a quem, por segurança, a rainha obriga a partir. Cristina abdica para ir ao encontro do amante sem saber que este foi morto em duelo.

“A Rainha Cristina”, de 1933, é um dos mais míticos filmes de Greta Garbo, que a MGM promoveu de forma estrondosa, submetendo-se à vontade da actriz, já que privilégios contratuais lhe permitiram escolher o actor principal, o realizador, o director de fotografia e até todo o restante elenco, incluindo a figuração, se se tivesse dado a esse trabalho. “A Rainha Cristina” é uma visão melodramática e romântica dos amores da rainha Cristina da Suécia com o embaixador espanhol no século XVII, que Rouben Mamoulian transformou num belo, luxuoso e deslumbrante filme de época, bem como num veículo por excelência para a lendária Garbo, de que o plano final é emblemático. Um admirável exemplo do grande cinema romântico da Era Dourada de Hollywood com John Gilbert no papel que tentou Laurence Olivier, mas com quem Garbo se sentia tão gelada como num dia de Inverno na Suécia.