O MEU HOMEM
Uma fábula do quotidiano, moderna e desconcertante, ao sabor do humor muito especial de Bertrand Blier.
Marie, uma jovem prostituta, tem uma característica rara: gosta alegremente da sua ¿profissão¿. Marie não ¿anda na vida¿ só pelo dinheiro. Gosta, sinceramente de dar prazer aos homens. Um dia conhece um vagabundo que lhe pede uma moeda, mas Marie só tem notas. Oferece-lhe pão, vinho e amor em sua casa e descobre que Jeannot, o vagabundo, é ¿o seu homem¿. Propõe-lhe que se torne no seu gentil chulo, mas Jeannot acaba por se revelar pouco gentil e muito oportunista. Mas Marie ama ¿o seu homem¿, para além de tudo e todos.
Bertrand Blier, desde que se tornou conhecido, no início dos anos 70, com ¿As Bailarinas¿, tem vindo a criar uma obra cinematográfica de uma inquestionável originalidade e notório sucesso. Autor de um cinema dos domínios da farsa e da sátira mais amoral, imaginativa e desconcertante, Blier já conquistou um Oscar em Hollywood e foi premiado em Cannes. ¿O Meu Homem¿ é, como não podia deixar de ser, mais uma das suas modernas e desconcertantes fábulas do quotidiano. Esta é a história de uma prostituta que gosta de ser prostituta, que vive uma intensa história de amor com um chulo que gosta de ser chulo. Uma história de amor contada no melhor estilo do cinema de Blier, onde o clássico e o moderno se conjugam num jogo de admiráveis efeitos narrativos, nomeadamente o seu já célebre efeito elíptico-restruturador de situações e personagens. Uma bela realização de Blier num filme agri-doce, que oscila entre a ironia mais cínica e a amargura mais tocante, com um par de magníficos intérpretes nos protagonistas: Anouk Grinberg e Gérard Lanvin.
Ficha Técnica
- Título Original
- MON HOMME
- Intérpretes
- Anouk Grimberg, Gérard Lanvin, Valeria Bruni-Tedeschi, Olivier Martinez, Sabine Azéma, Mathieu Kassovitz, Dominique Valadié.
- Realização
- Bertrand Blier
- Produção
- Alain Sarde
- Autoria
- Bertrand Blier
- Música
- Barry White e H.M. Gorecki
- Ano
- 1995
- Duração
- 94m (cor) minutos