Uma bela primeira obra de Luc Besson que se revela um original e fascinante criador dos domínios da Ficção Científica e do thriller fantástico
Após um apocalipse nuclear, o mundo ficou em ruínas. A tempestade destrutiva erradicou a civilização do planeta. Apenas alguns seres humanos sobrevivem à catástrofe, mas perderam o uso da fala devido à nova composição gasosa do ar. Um homem consegue construir um pequeno engenho voador no andar de um prédio semi-destruído e quase enterrado na areia. Mais longe, um chefe sanguinário lidera um grupo de sobreviventes que habita as carcaças de automóveis. No meio das ruínas de uma grande cidade um velho médico fechou-se numa clínica e vive sob a ameaça de um alucinado que tenta por todos os meios invadir o seu reduto. Todos lutam selvaticamente pela sobrevivência.
?O Último Combate? marca a estreia de Luc Besson na longa metragem com um filme de antecipação em tom de fábula demencial. Uma espantosa visão do Mundo depois do Apocalipse, onde a luta pela sobrevivência era feroz e selvagem e o Homem tinha regressado a um estado primário, inclusivamente incapaz de se expressar verbalmente. Com admirável economia de meios e uma deslumbrante eficácia de ?mise en scène?, Besson, começava a impôr o seu particular talento nos domínios da Ficção Científica e do thriller fantástico, já exemplarmente servido pelos seus fieis colaboradores: Varini na fotografia e Serra na música. Prémio Especial do Júri e da Crítica no Festival de Avoriaz, ?O Último Combate? é, nas suas fascinantes imagens a preto e branco, uma original e inteligente parábola sobre a condição humana bem como uma inspirada variação sobre a sobrevivência após o holocausto nuclear, um velho e clássico tema da Ficção Científica