Henrique Medina

A vida e obra de um dos maiores pintores retratistas do século XX, que cruzou os caminhos de Hollywood

Um documentário sobre Henrique Medina, provavelmente o maior pintor retratista do século XX.
Nascido no Porto a 18 de Agosto de 1901, filho de mãe portuguesa e pai espanhol, desde tenra idade mostrou uma tendência notável e prometedora do ponto de vista artístico. Com apenas 10 anos de idade entrou para a Escola de Belas Artes do Porto, onde estudou 7 anos, tendo aos 17 anos exibido o seu primeiro quadro na Escola de Belas Artes em Lisboa e aí recebido uma menção honrosa.
Mudou-se então para Paris onde viveu 7 anos sobre a égide de grandes mestres da época. Expôs aí o seu primeiro retrato no ´Salon des Artistes Françaises´, recebendo novamente uma menção honrosa. Tendo o seu nome ficado conhecido em Londres, foi convidado para aí permanecer. Viveu em Londres 10 anos onde manteve um estúdio. Pintou a sociedade mais marcante da época e entre muitos outros o Chanceler da Universidade de Oxford e o famoso Marechal Sir William Robertson.
Mestre Henrique Medina, torna-se então largamente conhecido na Europa e é convidado para viajar até à Itália, onde pinta Benito Mussolini.
Depois, seguiram-se o Brasil e Argentina e finalmente os Estados Unidos. Residiu 7 anos na Califórnia e uma vez lá, montou um estúdio. Nesta altura conheceu a maior parte dos atores de cinema mais importantes como Greer Garson, Mary Pickford e Ann Miller cruzando-se com personalidades desta época como Walt Disney , Charles Chaplin, Errol Flynn, Douglas Fairbanks e até Albert Einstein, entre outros. Pintou também alguns dos maiores nomes da música daquela era, como Lilly Pons, Jeannete MacDonald e Galli Curcci. Tanto Lilly Pons como Galli Curcci têm os seus retratos expostos na Metropolitan Opera House em Nova Iorque.
Em ´O Retrato de Dorian Gray´, filme adaptado da novela homónima de Oscar Wilde, Mestre Medina é o autor do retrato do jovem Dorian Gray, um dos eixos centrais do filme.
Foi depois convidado para trabalhar na Suécia, Dinamarca e Espanha. Foi condecorado pelos seus serviços pelos governos português, espanhol e francês e por este último tornou-se Cavaleiro da Legião de Honra. Recebeu também uma condecoração do Vaticano.