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Festival Imaginarius arranca hoje com 42 espetáculos por 300 artistas de 16 países

por Lusa

A 16.ª edição do festival de teatro de rua Imaginarius arranca hoje em Santa Maria da Feira com um programa inclui 42 espetáculos e intervenções diferentes, protagonizados por mais de 300 artistas de 16 países.

A programação de sexta-feira é igual à de sábado e, entre as 14:00 e as 02:00, propõe a animação de diversos espaços do centro histórico da cidade por 47 companhias e outros dinamizadores artísticos, que à cidade trazem 16 estreias mundiais e 22 nacionais.

Os espetáculos com objetos insufláveis do conceituado coletivo francês Plasticiens Volants estão em destaque no cartaz deste ano, mas o festival também reserva uma secção para valores emergentes das artes de rua, reunindo-os na programação própria do "Mais Imaginarius".

Essa secção resulta de um concurso internacional aberto a novos criadores artísticos e, entre 148 candidaturas de 29 nacionalidades, o júri selecionou 20 projetos que, além de se apresentarem agora na Feira, podem ser premiados com o convite para realizarem uma residência artística na cidade e conceberem um espetáculo inédito para a edição de 2017 do festival.

Entretanto, hoje e sábado o Mais Imaginarius apresenta-se já com criações de Portugal, Espanha, Itália, Alemanha, Estados Unidos, Dinamarca, Hungria, Bélgica, Irlanda, México, Brasil e Taiwan.

De Itália, por exemplo, chega a companhia Ensemble Lodi, que à Feira traz o espetáculo itinerante "Volver", com um registo poético e sensorial acentuado por trajes rebuscados, a lembrar a commedia dell`arte e os carnavais venezianos.

A dinamarquesa Alice Rose, por sua vez, propõe um "Silent Concert", em que reinventa o seu universo musical recorrendo a conceitos impostos pelas limitações de ruído de algumas cidades, entre as quais aquelas em que vem vivendo: Colónia (na Alemanha), Amesterdão (na Holanda) e Goa (na Índia).

O programa do Mais Imaginarius inclui ainda "The Budapest Marionettes", em que o húngaro Bence Sarkadi manipula personagens de várias histórias intimistas, e "Wonderwool", em que a companhia espanhola Bígolis Teatre recria os esforços de dois gatos para recuperar as bolas extraviadas de uma fábrica de lã.

"Corposanto", da brasileira Tânia Suassuruna, quebra ainda os paradigmas associados à história do vestuário, transgredindo a fronteira entre o sagrado e o profano com uma performance em que o protagonismo cabe a um traje comestível.

A seleção dos 20 projetos em causa coube a um júri internacional envolvendo docentes de escolas artísticas portuguesas e diretores de festivais de rua estrangeiros. A nível nacional, é o caso do DeCA - Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro, do Departamento de Artes na Universidade de Évora, da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e da ESMAE - Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo do Porto. Já a nível internacional, o mesmo júri integrou representantes do festival espanhol Fira Tàrrega e dos certames franceses Village du Cirque e Festival d`Aurillac.

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