A inflação em Portugal no mês de fevereiro situou-se nos 3,6 por cento com os preços dos combustíveis a darem um forte contributo. Este valor é superior em 0,1 pontos percentuais em relação ao registado no mês anterior quando o Índice de Preços no Consumidor (IPC) se tinha situado nos 3,5 por cento. Recorde-se que o Governo prevê que em 2012 a taxa de inflação atinja os 3,3 por cento.
Como tem acontecido sistematicamente desde outubro a classe de produtos onde se registou um aumento mais significativo dos preços foi na "habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis" e nesta categoria os preços cresceram 9,61 por cento em relação ao mesmo mês do ano anterior.
Estes preços foram pressionados pelo aumento das taxas do IVA sobre o gás e a eletricidade que teve efeito a partir de outubro de 2011.
O IPC total está igualmente a ser pressionado desde o início do ano por outro aumento no IVA, com a passagem de uma gama alargada de produtos das taxas reduzida (6 por cento) ou média (13 por cento) para a taxa máxima (23 por cento; valores para o continente, mas também houve mudanças na Madeira e nos Açores, onde as taxas são inferiores.
Um dos setores mais afetados por este aumento do IVA foi a restauração, um setor onde os preços cresceram a uma taxa homóloga de 4,01 por cento em fevereiro, depois de terem crescido 3,36 por cento em janeiro.
Nos últimos meses de 2011 os preços da restauração cresciam a taxas próximas do 1 por cento.
A inflação subjacente, excluindo os produtos energéticos e os alimentos não transformados, situou-se numa taxa homóloga de 2,2 por cento.