Marcelo com "confiança reforçada" na Caixa

por RTP

Fotografia: António Pedro Santos - Lusa

Marcelo Rebelo de Sousa está confiante em relação ao futuro da Caixa Geral de Depósitos. O Presidente da República disse esta segunda-feira que o processo de transição da administração está a correr muito bem e sublinhou a "vantagem adicional" que o nome de Paulo Macedo representa.

Prometeu falar “logo de manhãzinha” sobre a Caixa e assim fez. O chefe de Estado concretizou esta segunda-feira a sua primeira reação pública à nomeação de Paulo Macedo para suceder a António Domingues na Caixa Geral de Depósitos.

Marcelo Rebelo de Sousa considera que a transição “está a correr muito bem” e apresenta-se com uma “confiança reforçada na Caixa e no seu futuro”.

O Presidente sublinha ainda que “a solução encontrada é tão competente quanto a anterior” e “não levanta problemas” como a polémica das declarações de rendimento, que acabaria por motivar a saída de António Domingues.

Marcelo nota ainda uma “vantagem adicional” da solução agora encontrada. “Os dois partidos da oposição não esconderam os seus elogios rasgados ao novo presidente executivo”, explicou aos jornalistas.
Ex-ministro de Passos
Paulo Macedo apresenta-se como uma pessoa próxima do PSD e do CDS-PP, tendo sido ministro da Saúde no Executivo de Pedro Passos Coelho. O gestor chega à Caixa Geral de Depósitos na sequência da demissão de António Domingues.

Domingues foi nomeado para presidir à Caixa em março, tendo assumido funções oficialmente no fim de agosto. A escolha esteve sempre sujeita a polémicas: o seu alto salário, a recusa em entregar declarações de rendimentos e a participação em reuniões com o BCE quando ainda era vice-presidente do BPI.

O gestor anunciou a saída depois de ter sido aprovada, com os votos favoráveis de PSD, CDS-PP e Bloco de Esquerda, uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado que obriga os administradores do banco público a apresentar as declarações de rendimentos no Tribunal Constitucional.

António Domingues irá permanecer na liderança da Caixa Geral de Depósitos até ao fim de dezembro. Paulo Macedo assumirá depois a função de presidente-executivo e Rui Vilar será o chairman do banco público.
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