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Governo confirma nomeação de Paulo Macedo para a Caixa Geral de Depósitos

por RTP
O Ministério das Finanças avança em comunicado que o Governo convidou Paulo Macedo para presidente-executivo da Caixa Geral de Depósitos José Manuel Ribeiro - Reuters

Está oficialmente confirmado. O Ministério das Finanças avança em comunicado que o Governo convidou Paulo Macedo para presidente-executivo da Caixa Geral de Depósitos. Rui Vilar será chairman do banco público. Os dois convites foram aceites.

A nota enviada às redações pelo gabinete de imprensa do Terreiro do Paço indica ainda que o “Governo está, em conjunto com o Dr. Paulo Macedo e com o Dr. Emílio Rui Vilar, a trabalhar na definição da composição do restante Conselho de Administração”.

“O processo de nomeação do novo Conselho de Administração da CGD segue assim o seu curso normal”, conclui a equipa de Mário Centeno.

O ex-ministro da Saúde substituirá António Domingues na presidência do banco público. O ex-vice-presidente do BPI, que está há vários meses envolto em diversas polémicas, permanece à frente da Caixa até ao fim de dezembro.
Gestor, diretor, ministro
É o regresso de Paulo Macedo à arena mediática. Licenciado em Organização e Gestão pelo ISEG e pós-graduado em Gestão Fiscal, Macedo esteve no setor público como gestor e ministro.

Os portugueses conhecem-no particularmente desde 2004, quando o então vice-presidente do BCP foi convidado pela ministra das Finanças Manuela Ferreira Leite para diretor-geral dos Impostos.

Paulo Macedo fica à frente do fisco até 2007, tendo como missão recuperar o dinheiro das receitas fiscais. No entanto, acabou por ser notícia pelo dinheiro que iria receber: mais de 23 mil euros.

Patrícia Machado, Ana Cardoso Fonseca, Samuel Freire - RTP

Acaba por sair do cargo quando o governo socialista de José Sócrates aprova a limitação de salários na Administração Pública, apresentando críticas à política seguida.

"Há uma total inversão ao nível das remunerações na administração pública: os piores ganham o que nunca ganhariam no privado e os melhores ganham muitíssimo menos do que deveriam", afirma ao Expresso.

Regressa ao Banco Comercial Português, tendo ainda feito parte do Conselho de Supervisão da Euronext. A partir de 2011 embarca na vida política, tomando posse como ministro da Saúde do Executivo de Pedro Passos Coelho.

Até 2015 levou a cabo cortes no setor, mas foi apesar de tudo um dos ministros mais populares do então governo apoiado por PSD e CDS-PP. Comprou guerra com as farmacêuticas por causa do preço dos medicamentos.

Já não embarcou no segundo executivo de Passos, que acabaria por tornar-se o mais curto de sempre. Regressou ao setor privado, tendo sido administrador da Ocidental Vida. Ocupará agora o lugar deixado vago por António Domingues na Caixa Geral de Depósitos.
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