Taxistas contra Uber: conheça as zonas e cidades que vão ser afetadas

por Christopher Marques - RTP
Em setembro de 2015, os protestos dos taxistas contra a Uber provocaram o caos no trânsito de Lisboa. Hugo Correia - Reuters

Esta sexta-feira promete ser um dia marcado pelo protesto dos taxistas contra a Uber. A ANTRAL e a Federação Portuguesa do Táxi unem-se em marcha-lenta nas cidades de Lisboa, Porto e Faro. Os protestos prometem provocar o caos no trânsito das principais cidades portuguesas.

Os táxis regressam em força às ruas e prometem paralisar as principais cidades nacionais. Em Lisboa são esperados mais de quatro mil táxis para um protesto que vai condicionar as principais artérias da capital e zonas adjacentes. Em causa, uma nova marcha lenta em protesto contra a operação da aplicação Uber em Portugal.

Para não ser apanhado de surpresa pelo protesto, o importante é perceber as zonas por onde passará o desfile bem como as alternativas existentes. A Polícia de Segurança Pública aconselha o uso dos transportes públicos, com a opção mais eficaz, em Lisboa, a ser o recurso ao metropolitano.

Não se esqueça que os protestos têm início logo pela manhã e poderão dificultar o acesso ao emprego. Para evitar complicações, nada como tirar nota dos locais a evitar.
Lisboa

Em Lisboa, a concentração está marcada para as 8h00 na zona norte do Parque das Nações. O protesto segue rumo à Assembleia da República, passando pela Praça Queirós e pela Avenida Dr. Francisco Luís Gomes.

Os taxistas subirão a Avenida de Berlim até ao aeroporto, que tem sido um dos palcos dos protestos ao longo dos últimos meses. Do aeroporto, o protesto segue rumo ao centro, passando pela Rotunda do Relógio, Avenida Almirante Gago Coutinho e Avenida dos Estados Unidos da América.

A partir do Campo Grande, os taxistas seguem pela Avenida da República até ao Saldanha, seguindo depois para o Marquês de Pombal e Restauradores.




A partir do Rossio, o protesto segue pela Rua do Ouro e Rua do Arsenal até ao Cais do Sodré. O desfile passa pela 24 de julho e sobe a Rua D. Carlos I até à Assembleia da República. Tudo zonas que serão de evitar durante o dia de sexta-feira.

A PSP aconselha mesmo os lisboetas a utilizarem os transportes públicos, lembrando que os protestos poderão também afetar zonas que sejam adjacentes às ruas por onde passará o protesto.

Para quem tenha de passar pelo aeroporto de Lisboa, a utilização do metropolitano apresenta-se como a alternativa mais confiável, tanto para as chegadas como para as partidas.
Porto
No Porto, a afluência à manifestação deverá ser menor mas não deixará de perturbar o tráfego rodoviário.

A concentração está marcada para as 8h00 na Praça Gonçalves Zarco. O desfile tem início às 9h00, seguindo pela Avenida do Brasil em direção ao Passeio Alegre.




O protesto segue depois para a Praça Infante, empregando posteriormente as ruas Mouzinho da Silveira, Sá da Bandeira e Magalhães Lemos.

O trajeto chega ao fim na Avenida dos Aliados, com uma manifestação prevista para as imediações da Câmara Municipal do Porto.
Faro
Os profissionais do táxi protestam ainda em Faro. Na capital algarvia, o protesto tem início marcado para as 8h00 junto ao Estádio do Algarve. O desfile segue depois para o aeroporto de Faro, antes de partir rumo à Câmara Municipal, onde os taxistas ficarão concentrados.

Tome nota dos percursos e não se esqueça que os constrangimentos deverão mesmo afetar outras zonas das cidades. Em 2014, milhares de taxistas de grandes cidades europeias causaram dificuldades no trânsito em cidades europeias como Madrid, Barcelona, Paris, Londres, Berlim, Milão e Nápoles.

Em junho de 2015, as imagens dos violentos confrontos em Paris e Lyon percorreram o mundo, com taxistas a incendiar automóveis e a bloquear os acessos a aeroportos, estações de comboios e principais eixos rodoviários. Em setembro de 2015, os taxistas manifestaram-se em Lisboa, Porto e Faro.

Reportagem de Mariana Flor, Pedro Pessoa - (8 de setembro de 2015)

A capital portuguesa foi o palco principal dos protestos. Para além do caos no trânsito, os ânimos chegaram a exaltar-se entre taxistas que protestavam e outros que se mantinham ao serviço. A polícia foi mesmo chamada a intervir.
pub