Reportagem

Golpe Militar na Turquia, minuto a minuto

por RTP

Quase 2.800 juízes e cinco magistrados foram detidos e quase 3.000 militares presos, incluindo dois generais. Governo e oposição turca, entretanto, prometem no Parlamento trabalhar numa 'base comum' para defender a democracia. As ruas de Istambul e de Ancara pertencem aos apoiantes de Erdogan, que exigem a pena de morte para os golpistas. O primeiro ministro Binali Yildirim afirma que 20 dos mandantes da intentona foram mortos. O golpe fez oficialmente 161 mortos e 1.440 feridos entre civis e forças leais ao governo. Entre os autores do golpe há 104 mortos.

Mais atualizações

22h00 - Resumo do dia

Depois do fracasso do golpe militar, o Governo de Erdogan aproveita e "arruma a casa".

Iniciado pelas 21h00 de sexta-feira (hora portuguesa), o golpe durou poucas horas e falhou devido à intervenção de milhares de civis apoiantes do Presidente Erdogan. Recorde abaixo os principais momentos.


As horas seguintes foram aproveitadas pelo Governo turco para consolidar o poder, com uma verdadeira purga entre os militares mas também na magistratura - dois poderes que sempre travaram a hegemonia do Presidente.

Milhares de juízes e de militares foram detidos, assim como dois generais e um juiz do Tribunal Constitucional. Há 20 juízes do Supremo Tribunal com mandato de detenção.

Erdogan admitiu este sábado recuperar a pena de morte para os golpistas, seguindo o clamor dos seus apoiantes.

Os líderes ocidentais estão alerta e apelam todas as partes na Turquia a respeitar as regras de um Estado de Direito.

Em Istambul e em Ancara as lojas mantiveram-se fechadas ao longo de todo o dia, ente manifestações contínuas de apoiantes de Erdogan envoltos em bandeiras turcas, como conta um empresário português que assistiu a tudo.

Os portugueses que moram na Turquia estão bem, de acordo com as últimas informações e falaram à RTP do que viveram e do que esperam.

No Parlamento reunido, a unidade foi o mote. Os quatro partidos da oposição condenaram o golpe por unanimidade e prometeram trabalhar juntos e com o Governo para defender a democracia.

O balanço oficial do golpe cifrou-se em 265 mortos, entre 161 civis e polícias e 104 golpistas.

A próxima grande questão será a extradição de oito soldados turcos que pediram asilo a Atenas e a do clérigo Fetullah Gulen, que Ancara acusa de estar por trás do golpe.

Gulen habita nos Estados Unidos e a questão poderá tornar-se um espinho nas relações entre os dois Estados.

Em Istambul, as manifestações não param



21h30 - Cairo bloqueia Conselho de Segurança

O Egipto bloqueou a aprovação de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU sobre o golpe de Estado na Turquia.

O texto da resolução insistia na necessidade de respeitar "o governo democraticamente eleito da Turquia", frase a que o representante do Cairo contestou.

"Não compete ao Conselho de Segurança pronunciar-se sobre a forma como  Governo de Ancra foi eleito", reagiu o embaixador egipcio,exigindo que a mensção fosse retirada do texto.

O Egipto é membro não permanente do Conselho de Segurança e o atual Governo do Cairo - resultante de um golpe militar que depôs um governo eleito e de pendor islamita - não tem boas relações com o congénere turco, a quem acusa de apoiar a Irmandade Muçulmana. 

21:00 - Balanço de mortos atualizado

O número de víitmas do golpe de Estado na Turquia é de 265 mortos, tendo em conta os 161 civis e agentes de polícia leais ao regime e 104 soldados golpistas, informou um responsável do Governo turco.

20h45 - Erdogan quer Gulen

Perante milhares de apoiantes em Istambul, Tayyip Erdogan pediu aos Estados Unidos para extraditarem Fetulah Gulen, que o Presidente turco acusa de estar por trás do golpe militar.

"Estados Unidos, devem extraditar essa pessoa", lançou Erdogan. Horas antes, o Presidente afirmou que quem estiver com Gulen está contra a Turquia.

Fetulah Gulen, um clérigo que já foi muito próximo de Erdogan, vive na Pensilvania, Estados Unidos, e já negou qualquer relação com a intentona militar.

Os Estados Unidos ofereceram-se para ajudar a Turquia nas invstigações aos responsáveis pelo golpe e pedem provas do envolvimento de Gulen.

20H00 - Juízes detidos

Mais de 2.700 juízes foram afastados e muitos detidos na maior ação de Erdogan contra a magistratura que tantas vezes o enfrentou e contrariou.

O golpe de Estado fracassado está a ser usado pelo Presidente para purgar os seus opositores, tanto nas Forças Armadas como na Magistratura.

Um juiz do Tribunal Constitucional foi preso e 20 juízes do Supremo Tribunal estão com mandato de detenção.

18:50 - Erdogan fala à multidão

O Presidente turco Recep Tayyip Erdogan discursa perante milhares de pessoas reunidas junto a sua casa de Istambul.

A multidão cantou pelo regresso da pena de morte mas Erdogan respondeu que a questão só poderá ser abordada no Parlamento. O Presidente admitiu já que o regresso da pena capital poderia evitar futuras intentonas semelhantes.

Nas últimas horas, grupos de jovens passearam nas ruas de Istambul - onde as lojas se mantêm fechadas - apelando ao enforcamento dos golpistas.

Erdogan voltou a assumir-se como Supremo Comandante das Forças Armadas. "São nossas, não daquela estrutura paralela", disse um Erdogan sorridente à multidão, referindo-se a Fetullah Gulen, o clérigo refugiado nos EUA a quem Erdogan acusa de ter planeado o golpe militar.

À televisão do Qatar Al Jazeera um adido do Presidente admitiu que Erdogan quer "uma constituição completamente nova".

18H45 - Múltiplas detenções

Nas últimas duas horas multiplicaram-se as notícias de detenções de militares e de um juiz do tribunal Constitucional. Vinte juízes do Supremo Tribunal têm mandados de captura.

A mais recente foi a prisão do comandante da 3ª Divisão de infantaria, o major general Khalil Ibrahim

Quase 3.000 soldados foram já detidos na Turquia e quase 2.800 juízes afastados da magistratura, horas após o golpe militar fracassado. Terão sido também detidos.

18h34 - Martin Schulz alerta Turquia

"Governo de um só homem e decisões arbitrárias não são aceitáveis num aliado estratégico e aspirante a membro da União Europeia", afirma em comunicado publicado no Twitter.
Schulz apela ao imediato regresso ao Estado de Direito na Turquia, à completa separação de poderes e à restauração imediata do mais absoluto respeito por direitos fundamentais.

18h28 - tiros nas ruas

Notícias de que civis estarão a disparar contra civis


18h10 - Mais um general detido



O comandante da 3ª Divisão turca, o general Erdal Ozturk, foi detido pela sua alegada participação no golpe de Estado contra o regime de Erdogan, anunciou um responsável turco sob anonimato.

A agência de notícias Anadolu já confirmou a detenção do comandante da 2ª Divisão, o general Adem Huduti.

18h00 - Erdogan prepara discurso

Milhares de pessoas esperam que o Presidente Erdogan apareça em sua casa em Istambul, para discursar.





17h52 - 'Continuem nas ruas'

O ministro da Defesa da Turquia afirmou esta tarde que o golpe militar fracassou e que o Governo controla totalmente o país, mas admitiu que é demasiado cedo para dizer se o golpe foi totalmente eliminado e apelou aos habitantes - apoiantes de Erdogan - para voltarem a sair à rua.

17h45 - Obama apela a respeito pelo Estado de Direito

Ecoando apelos anteriores da chanceler alemã Angela Merkel, o Presidente dos EUA apelou este sábado todos os partidos turcos a respeitarem o Estado de Direito.

"O Presidente e a sua equipa lamentaram as perdas de vidas humanas e sublinharam a necessidade vital para todas as partes na Turquia agirem no respeito por um estado de Direito e evitar toda a ação que possa suscitar novas violências ou instabilidade", sublinhou o comunicado da Casa Branca.

Obama reuniu-se com os seus conselheiros para o contra-terrorismo e diplomacia este sábado, numa reunião de emergência após o golpe falhado na Turquia.

O apelo de Obama coincide com notícias de que milhares de juizes e magistrados, uma das maiores frentes de oposição formal a Erdogan, estão a ser afastados e que quase 3.000 soldados foram detidos, incluindo pelo menos um general, o comandante da 2ª Divisão turca.

Madrid
também condenou a intentona e apelou ao respeito pelo estado de Direito na Turquia.

"Espanha apoia a ordem constitucional democrática na Turquia, país amigo e aliado", escreveu no Twitter o presidente do governo em funções, Mariano Rajoy.

17h30 - Golpe falso?

Começam a circular rumores de que golpe de Estado foi organizado pelo Governo para afastar opositores na magistratura e entre os militares.

Está a decorrer uma imensa purga, denunciam detractores de Erdogan.


17h18 - Outro alegado mandante detido

Comandante da segunda divisão turca, general Adem Huduti, foi detido por ligações ao golpe militar, anuncia a agência Anadolu.

Adem Huduti parece ser o militar de mais alta patente detido até agora depois do golpe fracassado de sexta-feira que matou mais de 200 pessoas. A 2ª Divisão, baseada em Malatya protege as fonteiras da Turquia com a Síria, Irão e Iraque.

17h12 - Juízes expulsos

Governo turco anuncia licenciamento de 2,745 juízes e de cinco altos magistrados na sequência do golpe de Estado.

Um destes é membro do Tribunal Constitucional da Trurquia. Alparslan Altan foi detido sem serem dadas quaisquer razões para a sua prisão. O anúncio da detenção foi feito pela televisão NTV.

17h00 - General detido

 
Um antigo comandante e alegado mandante do golpe, o general Okin Ozturk, foi detido numa base aérea perto de Kazan, a norte da Ancara, referem twitters.

16h55 - Espancados

Surgem na rede Twitter imagens de soldados golpistas que se renderam e estão no chão a serem espancados por apoiantes de Erdogan.




Cenas que justificam a apreensão sobre o que poderá desencadear-se na Turquia e os avisos de líderes como Angela Merkel, François Holande, Martin Schulz e Barack Obama.

16H47 - Repatriados

O governo grego vai repatriar "o mais cedo possível" os oito soldados turcos que pediram asilo a Atenas, anunciou no Twitter o ministro dos Negócios Estrangeiros da Turquia, Mevlut Cavusoglu, chamado-lhes 'traidores'.


16H40 - Ataques suspensos

O Departamento de Defesa norte-americano suspendeu temporariamente os voos da missão contra o grupo extremista Estado Islâmico, a partir da base área de Incirlik, porque o espaço aéreo foi encerrado, adiantou a Agência France Presse.

De acordo com fontes do Pentágono, que prestaram declarações à cadeia de notícias norte-americana CNN, ainda não se sabe quando será levantada a interdição sobre o espaço aéreo e se poderão retomar as missões contra as posições do autoproclamado Estado Islâmico (EI), que partem da base aérea de Incirlik, junto à fronteira com a Síria.

Os caças norte-americanos estão, para já, proibidos de descolar da base aérea no sul da Turquia, e só foi autorizado um número reduzido de regressos de aviões contra os extremistas do EI em missão na Síria e no Iraque.

A base aérea de Incirlik está encerrada por motivos de segurança, não se permitindo a entrada ou a saída de ninguém, na sequência da tentativa de golpe de Estado, que fracassou, na sexta-feira à noite.

16h20 - Oposição denuncia golpe

Kemal Kilicdaroglu, líder do principal partido de oposição da Turquia, o secular Partido Repuvblicano do Povo (CHP) denunciou o golpe militar fracassado por uma fação dos militares e afirmou que a sua derrota aproximou os partidos políticos de uma base comum para melhorar a democracia.

O CHP é tradicionalmente considerado próximo do militares seculares turcos. Entre 1960 e 1980, o exército turco interveio na vida política turca em três golpes de Estado, tentando manter o secularismo do regime.

Numa rara ocasião de unidade, os quatro principais partidos da oposição turca condenaram o golpe militar.

16h15 - Balanço do golpe

O primeiro ministro turco revelou que 20 dos mandantes do golpe foram mortos. O golpe é uma mancha negra na democracia diz Yildirim.

Anteriormente o prmeiro ministro falou de 161 mortos entre civis e forças de segurança que apoiaram o regime. Quase 2.900 militares foram já detidos após o golpe.


16h00 - Primeiro-ministro no Parlamento
 
A cooperação entre os partidos politicos turcos vai conhecer um "novo começo" após o fracasso do golpe de Estado de sexta-feira, afirmou  o primeiro-ministro Binali Yildirim no sábado.

"Este foi o dia em que todos os partidos disseram não ao golpe. A cooperação no Parlamento conhecerá um novo começo", disse Yildirim.

Yildirim considerou no Parlamento que os quatro principais partidos podiam encontrar bases comuns. Afirmou ainda que os golpistas não eram soldados mas sim terroristas que atacaram o Parlamento.



15h00 - Obama convoca conselheiros

O Presidente dos EUA, Barack Obama, convocou os seus conselheiros em terrorismo e diplomacia para analisar as consequências de golpe militar na Turquia.

A reunião, à porta fechada, deverá ter início às 14h30 GMT.

Na Turquia, as autoridades impuseram, por razões de segurança, o fecho da base militar de Incirlik, no sul do país, usada pelos Estados Unidos e pelas forças da coligação nos ataques aos jihadistas na Síria, adiantou o consulado norte-americano no país.

"As autoridades locais estão a negar qualquer entrada ou saída na base aérea de Incirlik. A energia foi cortada", adiantou o consulado em Adana.

François Hollande
alertou por seu lado para o perigo da Turquia conhecer um período de repressão após a tentativa de golpe militar.

Se o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, "restabeleceu completamente a situação, e creio que é esse o caso, vamos ter um período de muita calma, mas sem dúvida também haverá repressão", declarou o chefe de Estado de França.

Na sua primeira intervenção pública sobre o fracasso do golpe de Estado na Turquia, Hollande acrescentou que "um certo número de militares vão ter de responder pelo que fizeram e pelo que não fizeram".

14h40 - Respeito pelos golpistas

A Chanceler Angela Merkel apela o regime turco a agir de acordo com as regras de um Estado de direito e a tratar golpistas com respeito.

"Em nome de todo o governo, condeno com a maior severidade" a tentativa de derrubar "com violência" o governo eleito da Turquia, indicou a chanceler numa intervenção em Berlin.

Merkel acrescentou que o tratamento dos "responsáveis pelos acontecimentos trágicos podem e não deverão ser tratados senão nos termos das regras do Estado de direito".

"Qualquer mudança política deve produzir-se pela via democrática, não com tanques na rua", afirmou Merkel após regressar da cimeira Ásia-Europa.

Pelo menos quatro generais terão estado envolvidos no golpe.

14h30 - União Europeia condena tentativa de golpe de Estado

A representante europeia para a política externa, Federica Mogherini, e o comissário europeu Johannes Hahn condenaram a tentativa de golpe de Estado na Turquia e reafirmaram o seu apoio às instituições democráticas do país.

14h18 - EUA vão ajudar na investigação do golpe e pedem provas contra Gulen

O chefe da diplomacia norte-americana anunciou que os EUA vão assistir a Turquia na investigação do golpe de Estado falhado e convidou Ancara a partilhar provas que tenha contra o alegado instigador, exilado nos EUA.

O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, que falava no Luxemburgo, disse que Washington não recebeu ainda qualquer pedido de extradição para Fethullah Gulen, que Ancara acusa de estar por detrás do golpe falhado.

No entanto, afirmou: "Antecipamos que haverá perguntas sobre o senhor Gulen".

"Obviamente convidámos o governo da Turquia, como fazemos sempre, a apresentar-nos quaisquer provas legítimas que resistam ao escrutínio e os EUA irão aceitá-las e olhá-las e julgá-las apropriadamente", acrescentou.



 13h30: A última noite na Turquia: resumo do que se sabe até agora

Um grupo de militares tentou derrubar o poder esta sexta-feira à noite mas foram derrotados ao fim de algumas horas. Milhares de apoiantes do Presidente turco Reccep Tayyip Erdogan sairam à rua, respondendo ao apelo deste transmitido em vídeo chamada através da televisão e enfrentaram os golpistas em Istambul e em Ancara. Erdogan já afirmou que estes vão pagar caro o que fizeram.

Foram detidos mais de 2.800 elementos do Exército e os confrontos provocaram centenas de mortos.

Erdogan enviou uma mensagem de telemóvel a pedir ao povo para continuar a controlar as ruas do país. Na rede social Twitter, Erdogan escreveu mesmo que pode vir a acontecer uma nova tentativa de golpe de Estado.

O empresário português Paulo Nabais estava na Turquia e viveu as horas de tentativa de golpe militar. O português tentou já abandonar o país e revela que o aeroporto da cidade está caótico.

Na Turquia vivem cerca de 350 portugueses, a maioria na capital. A RTP falou com alguns deles


12h39 – Grécia vai examinar pedidos de asilo

Duas fontes do governo grego revelaram à Reuters que vai ser analisado o pedido de asilo feito por oito soldados turcos que fugiram de helicóptero para a Grécia este sábado.

12h35 - Ancara passa do susto à normalidade relativa

O governo turco garante ter o controlo total do país depois da tentativa de golpe de Estado de sexta-feira à noite, como conta o correspondente da Antena 1, José Pedro Tavares.

Em Istambul e na capital Ancara a situação vai voltando à normalidade, como contou ao início da tarde deste sábado, o jornalista que viveu e testemunhou os momentos de tensão vividos durante a última noite.

O jornalista passou horas junto ao parlamento, perto do local onde decorriam confrontos e ouviu diversos estrondos e o rebentamento de três bombas, a 50 metros do local onde se encontrava.

12h30 - Reino Unido preocupado com Turquia

O ministro britânico dos Negócios Estrangeiros diz que é preciso restaurar a democracia e evitar mais banhos de sangue.


12h20 – Português dá conta de apoio a Erdogan

Pedro Tamagnini está na Turquia e relata o ambiente vivido, referindo que a comunicação social centra os relatos no apoio dado pelo povo nas ruas a Erdogan.


11h50 - Erdogan manda mensagem a povo turco

O presidente turco enviou um SMS massificado para todo o povo turco o pedido que apoie a democracia e a paz, tomando as ruas.

11h40 - Turquia solicita à Grécia extradição dos oito homens que fugiram para território grego

O ministro turco dos Negócios Estrangeiros anunciou esse pedido feito às autoridades gregas na televisão.

11h15 - UNESCO suspende reunião do Comité do Património Mundial em Istambul

A decisão foi anunciada na sequência da tentativa de golpe militar na Turquia, informou a organização.

11h15 - Primeiro-ministro revela que há 161 mortos, sem contar com autores do golpe

Binali Yildirim revelou que a tentativa de golpe de Estado fez 161 mortos e 1.440 feridos entre civis e forças leais ao governo. Não entrarão nestas contas os autores do golpe. O primeiro-ministro, citado pela France Presse, revela que 2.839 foram detidos e garante que a situação está “totalmente sob controlo”.

11h10 – Detenções na Grécia

Grécia deteve oito homens que aterraram no país a bordo de um helicóptero militar turco, revela ministro grego. Os fugitivos pedem asilo no país.

11h05 – Parlamento reúne-se hoje para debater tentativa de golpe de Estado

11h00 – Companhia aérea russa suspende voos regulares para a Turquia

Outras companhias aéreas adoptaram mais tarde igual medida, entre elas, a British Airways e Egyptair.

10h39 - O filme dos acontecimentos

A noite foi agitada na Turquia. Veja aqui os principais momentos da tentativa de golpe de Estado
Ana Felício, José Luís Carvalho - RTP

10h10 - 104 “golpistas” mortos

Umit Dundar, nomeado chefe interino das Forças Armadas, revelou que morreram 104 “golpistas”, como lhes chama, garantindo que o golpe fracassou. Há ainda 1154 pessoas feridas.

10h00 - Relato de português
Um português em Istambul fala de amanhecer calmo na cidade turca, mas confessa que não deverá sair de casa.

Paulo Pedroso, antigo deputado socialista está também na capital turca e fala de sinais que demonstram a tensão na cidade.


08h50 - Militares rendem-se

A agência estatal turca Anadolu adianta que 200 militares sublevados se renderam às autoridades, elevando para 1.563 o número de militares detidos.


08h40 - Preocupação da União Europeia

O Presidente do Conselho Europeu lembra que a Turquia é um parceiro estratégico para a Europa. Donald Tusk pede que a situação volte rapidamente à normalidade.


08h10 – Balanço de vítimas

Pelo menos 90 pessoas terão morrido no golpe militar falhado na Turquia, de acordo com um novo balanço divulgado pela agência estatal Anadolu. 1.154 pessoas terão ficado feridas.

Entre as vítimas mortais, há vários polícias, mas a maioria são civis.

As autoridades turcas detiveram mais de 1500 membros do Exército.

O Presidente da Turquia diz que os responsáveis pela tentativa de golpe de Estado são "intrusos" e uma minoria no Exército. Erdogan diz que quem usa armas contra o povo deve pagar um preço elevado.

Para o falhanço da tentativa de golpe militar, o povo teve um papel determinante. Os turcos saíram à rua depois de Erdogan ter pedido para que resistissem à tentativa dos militares.

Há danos elevados a registar. O edifício de Parlamento turco foi destruído e o quartel dos serviços de inteligência e segurança também foi atacado.

O general Hulusi Akar foi resgatado este sábado depois de uma operação lançada na base aérea de Akinci, em Ancara, na sequência da tentativa de golpe de Estado.

02:17 - Erdogan promete limpeza

No próprio Aeroporto de Istambul, Reccep Tayyip Erdogan senta-se para dar uma conferência de imprensa.

O Presidente turco já prometeu mão pesada contra os golpistas e referiu-se ao golpe como "traição". "Esta Turquia não é a velha Turquia", refere dizendo que golpe foi liderado por uma minoria que não suporta "unidade do país".

Erdogan promete manter-se no país, garante que não irá a lado nenhum e que irá manter-se "ao lado do povo".

O golpe será uma oportunidade para fazer uma 'limpeza' do exército, prometeu Erdogan, dizendo que já estão a decorrer várias detenções que irão subir até às mais altas patentes.

O Presidente afirma que desconhece a situação do chefe de Estado Maior.  E afirma que alguns dos militares receberam ordens a partir da Pensilvania, onde vive o clérigo Fethullah Gulen, grande opositor do Governo turco.

Na Turquia o grupo de Gulen já repudiou publicamente o golpe militar.

02:14 - Erdogan aparece

O Presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, apareceu no aeroporto Ataturk em Istambul, rodeado de uma imensa multidão.

02:00 - Militares fazem reféns

Um grupo de soldados entrou nas instalações da CNN Turk e do Hürriyet e terá feito reféns, anunciaram ambos os orgãos de comunicação.

Os soldados terão mandado sair todas as pessoas dos estúdios da CNN Turk e a emissão mostra agora apenas o estúdio vazio.

01:30 - Golpistas detidos

Um tweet do Presidente afirma que todos os soldados que tentaram o golpe foram presos.

Em entrevista por videochamada o Presidente garante que o golpe falhou.


A BBC refere que golpe foi ensaiado por 104 soldados comandados pelo coronel Murem Kose.

A Agência reuters diz que, em Istambul, na praça Taksim, dezenas de soldados depuseram as armas e renderam-se à polícia.

01:18 - O povo salvou o seu país

"O povo da Turquia acabou de salvar o seu país com autêntica bravura, força de vontade e medidas pacíficas. Que confusão!"
01:16 - lágrimas pela Turquia

"As mais belas lágrimas que se vertem são as que caem pela sua própria pátria"
01:11 - Golpe controlado

Primeiro ministro turco diz que golpe está quase controlado.

01:05 - Erdogan em Istambul

Avião que traz Presidente Recep Tayyip Erdogan prestes a aterrar em Istambul, centenas de pessoas preparam-se para o ir receber.

A Agência Bloomberg diz que o Presidente turco já aterrou na Turquia e está refugiado num sítio seguro.

Ao longo da noite houve notícias contraditórias de que Erdogan - depois de apelar à revolta nas ruas contra o golpe -  teria tentado fugir e refugiar-se na Alemanha - a qual teria recusado recebê-lo - ou no Irão, que não chegaram a ser confirmadas.

01:05 - Deter um blindado de mãos nuas

Omid Memarian publica o tweet de uma foto demonstrativa da forma como parte da população se opôs ao golpe militar

Outro tweet mostra como a população se opôs ao golpe

01:00 - Operações contra Estado Islâmico

A Agência Reuters afirma que as operações aéreas contra o grupo Estado Islâmico na Síria prosseguem normalmente.

Televisão TRT recomeça a emitir normalmente, controlada por apoiantes de Erdogan.

00:59 - Golpe foi travado - secretas

Responsável das secretas turcas diz que golpe foi travado mas a informação não foi ainda confirmada.

00:53- Parlamento sob ataque

Parlamento turco terá sido bombardeado afirma agência de notícias estatal Anadolu. A notícia é difundida igualmente pelo Daily Mirror.
O Parlamento terá sido bombardeado por via aérea, afirma a France Presse, citando a Anadolu. Provavelmente, por um helicoptero.

A Anadolu afirma também que foi lançada uma bomba contra o Parlamento.

00:45 - Golpe fracassou

Governador de Istambul diz que golpe fracassou afirmam a agência russa Sputnik e a Russia Today.

Foi publicado um vídeo mostrando pessoas a mover um blindado que bloqueava uma rua.

00:41 - Manifestações na TRT

A televisão pública ocupada inicialmente por militares estará agora nas mãos de civis.

Vêem-se cartazes com a frase "Free media cannot be silenced" - A mídia livre não pode ser calada.
A NTV mostra imagens de soldados a serem levados pelas forças de segurança.

00:39 - Palácio Presidencial detenções

Foram detidos 13 soldados que tentavam entrar no Palácio Presidencial, afirma a Bloomberg

00:37 - Disparos nas ruas

A agência russa Sputnik publica um vídeo de um helicoptero a disparar sobre a multidão.

0:35 - Governo tenta assumir controlo

Primeiro ministro turco mandou abater qualquer avião de combate que sobrevoe Ancara.

00:25 - Apelo alemão

Porta-voz da chanceler alemã apela ao respeito pela ordem democrática na Turquia e afirma que tudo deve ser feito para proteger vidas.

00:20 - EUA apoiam Erdogan

Presidente norte-americano Barack Obama apela a que se evite "banho de sangue" e Secretario de Estado John Kerry manifestam apoio a Presidente da Turquia.

"Damos o nosso apoio absoluto ao Governo turco civil e democraticamente eleito e às instituiçoes democráticas", afirmou Kerry em telefonema ao ministro turco dos Negócios Estrangeiros.

John Kerry efetuou uma visita de dois dias à Rússia para tentar obter um acordo que garanta o cessar-fogo na Síria.

"Apelamos a qtodas as partes que garantam a segurança e o bem estar das missões diplomáticas e seu pessoas e dos civis em toda a parte", refere um comunicado do departamento de estado publicado no Twitter.
00:17 - Falta de apoios

Kemal Kilicdaroglu, um dos dirigentes da oposição turca, manifesta-se contra o golpe, diz que "já houve golpes a mais neste país"

Um coronel e três soldados detidos em Istambul, avança a CNN Turk. Terão sido detidos quando tentavam dominar a tlevisão estatel TRT.

Chefe de Estado Maior da Armada turca manifesta-se contra o golpe.

00:12 - Contra-golpe

Exército estará a fazer frente aos golpistas e a ordenar aos soldados que regressem aos quartéis.

Em Istambul estão a registar-se confrontos entre apoiantes e adversários do golpe. 

00:10 - Mortos

Há pelo menos 17 polícias mortos pelos golpistas diz a agência Anadolu no ataque contra a sede das unidades especiais em Ancara.

Outras fontes referem vários feridos entre as pessoas que tentaram invadir uma das pontes bloqueadas pelos golpistas em Istambul

00:05 - Troca de tiros

Há relatos de trocas de tiros entre apoiantes dos golpistas e apoiantes de Erdogan em várias cidades turcas

00:00 - "Pequeno grupo"

O comandante do Primeira Divisão do Exército turco, responsável pelas forças terrestres de Istambul e das zonas ocidentais, afirmam que os golpistas são uma pequena fação e "nada de preocupante".

"Representam um pequeno grupo no seio dos quartéis da Primeira Divisão", afirmou à agência Anadolu.

O comandante das forças especiais trucas afirma que não apoia o golpe militar.

A agência Reuters afirma que um caça F16 do Governo abateu um helicoptero militar dos golpistas sobre Ancara.

23:57 - Soldados disparam em Istambul

Apoiantes do Presidente Erdogan agacham-se para fugir dos tiros dos militares em istambul, onde o golpe não parece estar a correr  de feição aos militares



23:52 - O povo no aeroporto

Aviões no aeroporto Ataturk em Istambul rodeados de pessoas. Serão populares que assumiram o controlo ou passageiros?

23:49 - Polícia detém soldados golpistas

A polícia turca está a deter alguns dos solados turcos envolvidos no golpe militar.



O ministro do Interior afirma que as forças armadas e unidades de polícia estão a responder à tentativa de golpe militar.

23:37 - Tiros no Parlamento

A agência Reuters fala em tiros de blindados diante do Parlamento e de tiros no aeroporto de Istambul

23:35 - Imans apelam à revolta contra golpe

Imans de diversas mesquitas estarão a apelar à população para vir para a rua resistir ao golpe militar


23:30 - Vídeos em direto no Facebook

As redes sociais parecem estar a funcionar e o Facebook enche-se de vídeos em directo, de toda a Turquia, mostrando grande agitação em várias partes do país.


23:23 - 'Mantenham-se em casa'

A maioria dos Governos europeus apela aos seus cidadãos na Turquia para se manterem em casa.

Departamento de Estado diz aos americanos na Turquia para não tentarem ir para a embaixada ou consulados e para se manterem seguros em casa.


23:15 - Povo na rua

Centenas de pessoas ignoram recolher obrigatório e enchem praças, empoleirando-se em monumentos e agitando bandeiras turcas, não se percebe se em apoio ao golpe ou contra.

Há notícias de que militares revoltosos estarão próximos da residência do primeiro-ministro.

23:10 - Disparos sobre a multidão

Um grupo de homens tentou avançar numa ponte em Istambul, foi detido por tiros.

23h00 - confrontos intensos em Ancara

Agência russa Sputnik refere que se estão a dar combates intensos em Ancara

22h55 - Grande explosão ouvida em Ancara

O edifício da CNN em Ancara terá sido atacado, pouco depois de emitir uma entrevista via telefone com o Presidente turco Reccep Tayyp Erdogan.

Outros relatos afirmam que explosão visou o edificio da televisão oficial TRT, que também entrevistou Erdogan

22h45 - Populares saem à rua

Surgem vídeos de populares na rua a saudarem os militares que patrulham as principais vias. O trânsito mantém-se fluido nas principais vias, apesar da presença dos militares.


22h40 - Erdogan em entrevista

O Presidente turco surge entrevistado ao telefone na televisão TRT a partir da cidade de Marnaris, apelando a população a vir para as praças e para os aeroportos e enfrentar os militares. "Eles que depois façam o que quiserem", diz Erdogan.

Os primeiros sinais de algo se passava surgiram passava pouco das 21h30 em Portugal: as pontes de Istambul, sobre o Bósforo, tinham sido encerradas, em Ancara ouviam-se tiroteios e aviões militares e helicópteros passavam a rasar sobre a capital.

Pouco depois, na televisão, o primeiro-ministro turco, Binaly Yildrim, alertava a população para o facto de estar a decorrer uma tentativa "ilegal" de um pequeno grupo de militares "fora do comando" para assumir o poder.

Yildrim garantia também que o Governo se mantinha firme.

Mas logo começaram sinais de que Yildrim não podia garantir nada: o aeroporto de Istambul foi encerrado por carros armados e todos os voos cancelados.

As redes sociais Facebook, Twitter e Youtube foram canceladas na Turquia. Apesar disso, ainda era possível conseguir algumas imagens do que se passava. Por exemplo, houve uma corrida às caixas ATM para levantar dinheiro.

Na rede social Twitter surge a notícia: os militares tomaram a televisão pública e emitiram um comunicado dizendo que assumiram o controlo do governo e do país.

Chamaram-se a si mesmos, "Conselho da Paz e dos Países" e afirmam estar a defender "a democracia".

O comunicado impõe a lei marcial e o recolher obrigatório em todo o país.