Cinquenta anos de Cinco Minutos de Jazz

Nasceu há meio século. Foi no dia 21 de fevereiro de 1966 que começou aquele que é o programa de rádio há mais tempo “no ar”, em Portugal o mais antigo: Um, dois, um, dois, três, quatro... Cinco Minutos de Jazz.

Começou a contar o beat do jazz na Renascença, passou pela Comercial, Antena 2 e hoje mantém-se na Antena 1. Parabéns ao seu autor, José Duarte.

Um grande homem da rádio. E a rádio é a paixão que partilho com todos desde que me conheço. Faço o que sempre quis fazer, um privilégio do qual nem todos se podem gabar. O José Duarte pode. E eu também, porque tive a sorte de encontrar um professor a sério.

As raízes desta paixão começaram a fortificar desde que aos 13 anos entrei pela primeira vez num estúdio, montado na minha escola secundária pelo professor Nuno. Sem saber, ele traçou o meu rumo. Não vou contar aqui toda a história, apenas agradecer a maior virtude que ela encerra, e já a identifiquei.

Obrigado, engenheiro Nuno Miranda!

Depois dele, a lista de agradecimentos é grande e, portanto, lembro aquela frase célebre: eles sabem que eu sei que eles sabem…

Desde que sou pai, penso cada vez mais naquele meu professor e faço figas para que os meus filhos encontrem durante o percurso escolar alguém que os marque, incentive e seja capaz de despertar paixão por alguma atividade.

Não tenho dúvidas de que eles andam aí, a lutar contra adversidades e, com esforço, a tentar moldar os miúdos para que escolham bem os seus caminhos.

O meu foi traçado com os exemplos de quem ama o que faz. Foram alguns, muito bons, na reportagem, no desenho das notícias e na construção de todo o edifício sonoro da rádio, do conhecimento do veículo de descoberta que este meio é.

No jazz, acho difícil que venhamos a conhecer outro José Duarte!

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