Paço Real de Caxias à beira da ruína

por Filipa Marques Henriques, Rui Silva, Cristina Gomes

Em Caxias, concelho de Oeiras, há um palácio com mais de dois séculos à beira da ruína. A denúncia foi feita ao Ministério da Defesa Nacional, que o tutela. O Paço Real de Caxias está em fase de alienação, mas até agora nada tem sido feito para o proteger do abandono e dos atos de vandalismo de que tem sido alvo.

Há já muito pouco de real neste palácio em Oeiras. Por fora, sempre foi modesto, quando comparado aos jardins que o completam. Mas a parede exterior, com azulejos semelhantes aos do Palácio de Queluz, denunciam a grandeza de um edifício que serviu de residência de férias à família real portuguesa.

Hoje, o Paço Real de Caxias está à beira da ruína. Fato que mereceu uma denúncia ao Ministério da Defesa Nacional, que o tutela, por parte do Fórum Cidadania Lx.

O movimento fez chegar ao ministro Azeredo Lopes uma carta e uma petição pela defesa do palácio.

O Paço Real de Caxias foi mandado construir na primeira metade do século XVIII, pelo Infante D. Francisco de Bragança, irmão de D. João V.

Hoje em dia é um imóvel de fácil acesso. São evidentes as marcas do vandalismo, do abandono e do passar dos anos.

Contactado pela RTP, o Ministério da Defesa Nacional informou que o edifício está em fase de alienação. Mas, de acordo com o porta-voz do Exército, está já orçamentada uma intervenção para impedir o agravamento do estado de degradação do palácio. Falta agora o lançamento do concurso público para avançar com essa intervenção.

Em 1953, o palácio foi classificado como imóvel de Interesse Público. Mais tarde, a Câmara de Oeiras ficou responsável pela manutenção dos jardins da Quinta Real de Caxias, um protocolo terminado há sete anos, mas que deverá ser novamente formalizado. No entanto, a autarquia garante já não estar disponível para adquirir o imóvel, como tentou no passado.
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