Tomada de posse de Marcelo vai ser uma maratona da manhã à noite

por Sérgio Vicente, Rui Cardoso, Pedro Pessoa, Rafael Pina

Marcelo Rebelo de Sousa toma posse como presidente da República a 9 de Março. Um dia que junta a tradição a várias iniciativas originais, como um concerto à noite, em Lisboa, com vários nomes da música portuguesa.

Vão ser doze horas sem parar, numa tomada de posse "low cost". Sem banquetes de Estado em Queluz, sem convites oficiais e institucionais. Mas, ninguém pense que a tomada de posse de Marcelo Rebelo de Sousa vai ser tradicional.

Bem pelo contrário. De manhã, manda o protocolo. O dia começa na Assembleia da República. É o momento solene da cerimónia do juramento. Marcelo Rebelo de Sousa vai chegar às 09h35. Entra em São Bento como presidente eleito. Depois de jurar a Constituição, sai como 20º Presidente da República Portuguesa.

De São Bento, o novo presidente vai para o Mosteiro dos Jerónimos. Todos os presidentes que tomaram possam deslocaram-se aqui para depositar uma coroa de flores junto ao túmulo de Luís de Camões.
Desta vez, o novo presidente decidiu, também, depositar flores junto ao túmulo de Vasco da Gama. A razão estará relacionada com a importância que Marcelo quer dar no seu mandato a Comunidade de Países de Língua Portuguesa.

À hora de almoço, Marcelo Rebelo de Sousa entra pela primeira vez no Palácio de Belém enquanto Presidente da República. À mesa estarão várias personalidades. Garantidos, no almoço, estão os presidentes dos tribunais superiores.

À tarde, as atenções voltam-se para a Mesquita Central de Lisboa. Trata-se de uma iniciativa inédita. Um encontro inter-religioso, que tem como objetivo promover a aproximação entre culturas e religiões.

A celebração ecuménica conta com a participação de muçulmanos e de cristãos católicos, como Marcelo, evangélicos e adventistas, judeus e budistas. Ao todo, devem estar representadas cerca de duas dezenas de Igrejas.

Da Mesquita de Lisboa para o Palácio da Ajuda. Às seis da tarde, Marcelo Rebelo de Sousa condecora Cavaco Silva. Foi assim com todos os ex-presidentes. Recebem do sucessor o Grande-Colar da Ordem da Liberdade.

Cumpridas as tradições, que comece a festa. O Largo do Município já está reservado. A partir das oito da noite, a tomada de posse salta os muros de palácios e salões e viva a música popular: José Cid, Paulo de Carvalho, Pedro Abrunhosa, Anselmo Ralph, Diogo Piçarra, HMB e Mariza são alguns dos nomes já confirmados. Mas, o cartaz ainda não está fechado.

A ideia é tornar o dia da posse do presidente numa celebração aberta a todos e apelativa para os jovens.

Dia 9 de março promete ficar na história.
Mais não seja pela forma original como começa o mandato de Marcelo Rebelo de Sousa em Belém.
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