Fellini recorda e evoca a sua infância, a Itália fascista dos anos 30, a melancolia de Rimini e um sem número de histórias...
Um dos mais nostálgicos e fascinantes filmes de Federico Fellini. O retrato pitoresco de uma pequena cidade italiana dos anos de 1930, sob o domínio fascista.
Filme vencedor do Óscar para o Melhor Filme de Língua Estrangeira.
Numa vila costeira do norte da Itália, nos anos 30, o jovem Tita (Bruno Zanin) observa várias personalidades excêntricas locais, como membros da sua família, fascistas e mulheres sensuais, que se comportam de forma absurda.
Entre as personalidades do povoado estão o pai, Aurelio Biondi, que num agitado jantar de família se volta contra Tita por este não trabalhar; um padre, que escuta confissões só para dar asas à sua imaginação anticonvencional; a mulher da tabacaria, de seios volumosos; Volpina, a ninfomaníaca, que tenta fazer negócio na praia com os operários de uma construção; o tocador de acordeão cego; e a bela Gradisca, uma vedeta local que tem um romance com um aristocrata no Grande Hotel. Entretanto, a vila prepara-se para um grande comício fascista, que vai produzir algumas perturbações na família de Aurelio.
Um filme de memórias, tempos perdidos, paixões acordadas e pesadelos enterrados, onde Fellini recorda a sua infância em Rimini, nos tempos da Itália fascista, numa série de episódios que é difícil saber se são verídicos ou imaginados. Amarcord é uma referência à tradução fonética da expressão "a m´arcord" (eu me lembro), usada na região da Emilia-Romagna, onde Fellini nasceu.