Uma fábula moderna em atmosfera de realismo poético sobre uma mulher que decide assumir o papel de "boa samaritana", com Audrey Tatou
Amélie Poulain trabalha num bar em Montmartre e, na sequência de um acaso, decide que encontrou a sua missão na vida: levar a felicidade às pessoas que a rodeiam melhorando as suas vidas através de pequenos e discretos gestos. Na sequência da sua generosa missão, Amélie, apaixona-se pelo misterioso Nino Quincampoix, um jovem que coleciona fotografias esquecidas nas cabinas automáticas. Porém, incapaz de se decidir a sair da "sombra", Amélie, adia o momento de conhecer Nino, até que o seu vizinho lhe resolve o dilema.
"O Fabuloso Destino de Amélie" foi um dos maiores sucessos do cinema francês dos últimos tempos e chegou aos Óscares da Academia de Hollywood como favorito para o Óscar de Melhor Filme de Língua Estrangeira. O facto de não ter sido premiado em Hollywood não lhe retira qualquer mérito. Jean-Pierre Jeunet, que fez carreira na Animação e depois em parceria com Marc Caro na publicidade, nos telediscos e no cinema, assinou sozinho o terceiro episódio de "Alien" e em 2000 "O Fabuloso Destino de Amélie". Trata-se de uma fábula moderna, ou melhor, uma história encantada para adultos sobre uma espécie de "boa samaritana" de Montmartre que decide ser a sua missão na vida ajudar o próximo como se fosse um anjo da guarda invisível. Como sempre, Jeunet filma de forma deslumbrante, precisa, surpreendente e elaborada, apoiando-se muito mais numa inspirada "mise en scène" que nos efeitos visuais. O resultado é uma espécie de reinvenção do realismo poético do cinema francês dos anos 30 e 40 num jogo de belas e comoventes harmonias puramente cinematográficas. Um filme, verdadeiramente singular e surpreendente, magnificamente servido pela interpretação da fabulosa Audrey Tatou.