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Ondas de Paixão

Ondas de Paixão

Géneros

  • Filmes - Drama

Informação Adicional

Grande Prémio do Juri em Cannes para esta fabulosa história de amor que combina de forma portentosa as atmosferas romanescas do grande melodrama com as fábulas sobrenaturais de raíz nórdica.

Tendo como cenário uma comunidade religiosa na Escócia dos inícios de 1970, este magnífico filme de Lars von Trier, conta a história de uma jovem e invulgar mulher, Bess McNeill, e do amor que nutre por Jan, seu marido.

Nos anos 70 na Escócia, a jovem Bess pertence a uma fechada e tradicional comunidade religiosa. Apaixona-se por Jan, um homem mais velho e estrangeiro, que trabalha numa plataforma petrolífera perto da costa. Apesar da forte oposição de toda a sua comunidade Bess casa com Jan e descobre o deslumbrante universo da sexualidade. Jan volta ao trabalho e Bess conta ansiosamente os dias que a separam do seu regresso, absolutamente convencida que aquele amor é especialmente abençoado por Deus. Entretanto Jan é vítima de um acidente, ao salvar um companheiro de trabalho, e fica paralisado. Receando que Bess fique privada de uma vida normal incita-a a sair e a ter novas relações. Perante a sua resistência Jan serve-se de uma piedosa mentira: convence-a de que se ela começar a ter relações sexuais com outros homens e depois lhe relatar as suas experiências o pode curar. Bess, com o fervor da sua inquebrável fé, vai entregar-se a uma alucinante cruzada de sexo inconsequente que a arrasta para a maior e mais dolorosa degradação. Por fim morre vítima de cruéis abusos sexuais e inesperadamente Jan recupera totalmente.
Lars von Trier é um dos mais sui generis e surpreendentes cineastas nórdicos que em 1996 voltou a passar triunfalmente pelo Festival de Cannes conquistando com "Ondas de Paixão" o Grande Prémio do Juri. Trier constrói uma fabulosa história de amor onde combina de forma portentosa as atmosferas romanescas do grande melodrama com as fábulas sobrenaturais de raiz nórdica. "Ondas de Paixão" é pois uma espécie de fusão entre o cinema de dois célebres e imortais dinamarqueses, Sirk e Dreyer, feita por um terceiro que continua a explorar as fronteiras mais inesperadas da criação cinematográfica. Um intenso drama passional, algures entre a obsessão erótica e o dogmatismo religioso, que leva uma jovem, ingénua e profundamente crente mulher ao supremo sacrifício da sua auto-degradação sexual, convencida que será assim capaz de resgatar o adorado marido de uma permanente situação de invalidez profunda. Trier assina um filme absolutamente deslumbrante e invulgar, desde logo pela sua arriscada opção de filmar tudo com a câmara à mão em "Scope", onde o trabalho de mestre Robby Muller na direcção de fotografia é determinante. Tal como é o trabalho dos actores, sujeitos aos imprevistos da estética do plano-sequência, onde se destaca a jovem Emily Watson, sem dúvida a grande revelação de 1996, muito justamente nomeada para o Oscar da Melhor Actriz.

Ficha Técnica

Título Original
Breaking the Waves
Intérpretes
Emily Watson, Stellan Skarsgard, Katrin Cartlidge, Jean-Marc Barr, Adrian Rawlins, Udo Kier, Jonathan Hackett, Sandra Voe.
Realização
Lars von Trier
Produção
Vibeke Windelov e Peter Aalbaek Jensen
Autoria
Lars von Trier
Música
Joachim Holbek
Ano
1996
Duração
152 minutos