Uma das obras mais tocantes de Agnès Varda, o filme lança um olhar sobre os respigadores da sociedade contemporânea, pessoas que se dedicam a recuperar e a reciclar sobras e detritos que outros deitam fora
Partindo de um célebre quadro do pintor francês Jean-François Millet, Agnès Varda lança um olhar sobre os respigadores contemporâneos, aqueles que apanham os desperdícios, que rebuscam nas sobras dos mercados, que procuram os restos nos caixotes do lixo para se alimentarem. Respigadores da sociedade, tão distintos e tão semelhantes aos que aparecem nos quadros expostos nos museus.
A respigadora é também a própria cineasta que, com uma pequena câmara digital, se assume como a respigadora das imagens que os outros não querem ver nem captar e portanto deixam para trás.
Os Respigadores e a Respigadora obteve inúmeros prémios, entre os quais se destacam o de Melhor Documentário dos Prémios Europeus, Melhor Filme pelo sindicato francês dos críticos de cinema e o Golden Hugo para melhor documentário no Festival de Chicago, todos no ano 2000.