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O Sorriso da Lua nas Criptomérias

O Sorriso da Lua nas Criptomérias

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Informação Adicional

Num tempo de prantos e inquietações, António Malaquias, mobilizado para a Guerra Colonial, despede-se da família, dos amigos e de Luciana (uma triste canção de amor percorre os olhares, no Cais, da ilha).
Na Cidade Marginal, a vida continua - um quotidiano cinzento contrariado pelo humor de tia Lídia, professora de dança, que, entre tangos e valsas vai povoando o imaginário dos sobrinhos com -casos de encantar ou com as peripécias da sua -lendária- viagem a Lisboa nos anos 50. ( Naqueles anos Lisboa ficava muito longe...)
As suas - estórias - serão burlescas mas as suas palavras poderão também ser mágicas - na noite de S.João, a sua voz faz as crianças viajar a um mundo de prodígios e assombrações, quando as Criptomérias recebem o sorriso da Lua...
A madrugada povoa a cidade de anseios e fantasias: Zé Realejo, o solitário guerreiro, acredita ser Elvis Presley; -Angola é Nossa-, a prostituta, sonha com um improvável príncipe encantado; D. Germana, conhecida por ser -Furiosa Dramática.-, imagina a noite de glória em que se transformará numa nova Sarah Bernhardt; Carlos Bettencourt, o jovem estudante, jura a si próprio que há-de mudar o mundo.
Numa ronda de noctívagos, Sérgio Bettencourt, o anarquista, recorda com nostalgia o sortilégio das noites boémias no -Eden Cabaret-. O professor Jacinto, seu irmão (um profundo conflito ideológico divide os dois homens), tenta desesperadamente levar à cena -Frei Luís de Sousa- com um desajeitado grupo de amadores,(-Romeiro, Romeiro.Quem ês tu?-...)
Abril de 1974.
Desaparecido em combate no Ultramar, António Malaquias regressa misteriosa e inesperadamente à ilha. O espanto da cidade e de Luciana, a mulher que o julgou morto, que não esperou por ele (-Romeiro, Romeiro. Quem és tu?-...)
As luzes da cidade vão coreografando a sua dança de sombras.
Neste palco onde a vida e o teatro se confundem, o mar há-de ser de pano e as Criptomérias de cartão, lágrimas e sorrisos serão apenas sinceros fingimentos e a luz deste projetor há-de ser o sorriso da lua...

Um grupo de atores, cantores e bailarinos encena, em jeito de comédia musical, fados e errâncias do tipógrafo António Malaquias - soldado à força, involuntariado aventureiro enredado nas malhas do império.
A ação principal decorre na "Cidade Marginal"(Ponta Delgada) entre finais dos anos 60 e 1974.

Ficha Técnica

Título Original
O Sorriso da Lua nas Criptomérias
Realização
José Medeiros
Produção
RTP-Açores
Autoria
José Medeiros
Música
José Medeiros
Ano
2005
Duração
120 minutos