Após verem a obra-prima de Felinni, "Fellini 8 ½", um pai e um filho decidem abrir um bordel na sua própria casa. Um filme com a assinatura de Peter Greenaway
Fascinado pelo Japão, Storey Emmenthal aceita administrar as casas de jogo que o seu pai, Philip, um rico empresário de Genebra, recebe em herança. Após a morte da sua mãe, Storey regressa à Suiça e tenta arduamente distrair o pai da sua dor apresentando-lhe o esplendor, excitação e variedade das mulheres na obra-prima de Fellini, "Fellini 8 ½".
Pai e filho começam a imaginar as possibilidades de criar o seu próprio bordel privado na sua grande casa de família.
Peter Greenaway é um dos mais sui generis autores cinematográficos europeus, quase sempre fascinante, frequentemente desconcertante e marcadamente barroco, excessivo, delirante e invulgar. Mestre nas decorações sofisticadas e sumptuosas, os seus filmes têm uma inconfundível dimensão de hábil fusão pictórica, arquitectónica, literária e filosófica que, invariavelmente, o transformaram num realizador que suscita as paixões mais extremas. Greenaway nunca gera indiferença e esta pessoalíssima variação sobre Fellini, as mulheres, o sexo, os fantasmas masculinos, o incesto homossexual, os costumes orientais ou a decadência moral também não passará sem reacções radicais. Tecnicamente, Oito Mulheres e Meia, é um novo triunfo do estilo visual de Greenaway, a que não será alheio o trabalho de mestre Sacha Viderny na direcção de fotografia.