Premiado filme de João Salaviza e Renée Nader Messora, entre o documentário e a ficção, sobre os indígenas brasileiros krahô
Ihjãc é um jovem krahô, de uma aldeia indígena localizada em Pedra Branca, no interior do Brasil. Depois de ser surpreendido pela visita do espírito do seu falecido pai, sente-se na obrigação de organizar uma festa de fim de luto, comemoração tradicional da comunidade.
Esta noite, os espíritos e as cobras ainda não apareceram. A floresta ao redor da aldeia está calma. Ihjãc, de quinze anos de idade, tem pesadelos desde que perdeu o pai. Ele é um índio krahô, do Norte do Brasil. Ihjãc avança na escuridão com o corpo suado. Uma voz distante ecoa por entre as palmeiras. A voz do pai chama-o, junto à cascata: chegou o momento de preparar a festa de fim de luto para que o seu espírito possa partir para a aldeia dos mortos.
Rejeitando o dever e para escapar ao processo de se transformar em xamã, Ihjãc foge para a cidade de Itacajá. Longe do povo e da sua cultura, vai enfrentar a realidade de ser um indígena no Brasil contemporâneo.
Filme vencedor, entre outros, do Prémio especial do júri na secção Un Certain Regard do Festival de Cannes 2019, e dos prémios de melhor obra de ficção e melhor fotografia no Festival de Cinema de Lima, no Peru.