Independência Já! Uma História a Pretos e Brancos

A saga da descolonização vista a partir de Moçambique

É uma série de quatro programas que se propõe rever a saga da descolonização portuguesa em África tendo Moçambique como ponto de perspetiva.
Em Moçambique, desde fins de 1973 que o Movimento dos Capitães está organizado e implantado em todo o território. Chega mesmo a planear um golpe de estado. Pretendia desta forma levar o Movimento dos Capitães em Portugal a avançar com o seu golpe, pondo fim ao impasse da guerra colonial. Aliás também o Movimento dos Capitães, na Guiné-Bissau, projeta uma ação semelhante, em Janeiro de 74.
A história começa em Lourenço Marques, capital da então "província portuguesa de Moçambique", numa quinta-feira que parece igual a todas as outras. Estava-se a 25 de Abril de 1974.
Em Lisboa a proclamação da Junta de Salvação Nacional, presidida pelo general Spínola, lança o princípio da clivagem dentro do MFA ao propor-se garantir a sobrevivência da nação soberana no seu todo pluricontinental". Começam 19 meses vertiginosos (de Abril de 1974 a Novembro de 1975), relatados recorrendo a imagens da época existentes no Arquivo da RTP, muitas das quais nunca utilizadas, e também a testemunhos inéditos de protagonistas da queda do último império africano.
À Frelimo interessa que o processo de descolonização avance de forma similar em todos territórios, nomeadamente em Angola, e faz tudo para que isso aconteça. A esmagadora maioria dos militares portugueses quer acabar rapidamente com a guerra e regressar à pátria. Os colonos movimentam-se, os adversários da Frelimo tentam resistir e vão ter um fim trágico.
É este o conteúdo dos quatro episódios relatados que tocando nos pontos fulcrais das descolonizações das então províncias ultramarinas toma como ponto de observação principal Moçambique porque é em Moçambique que o jornalista Fernando Magalhães vive o quotidiano desse processo com colonos, moçambicanos negros e brancos e militares portugueses; uns pró, outros anti-Frelimo e muitos outros ainda tentando apenas compreender e sobreviver.