Segundo de uma série de quatro programas que se propõe rever a saga da descolonização portuguesa em África, tendo Moçambique como ponto de perspectiva.
Em Lisboa e nos territórios africanos o poder militar está cada vez mais dividido entre os que seguem o projecto spinolista de uma federação e os que advogam a concessão da independência às colónias.
Contra a vontade da maioria dos militares e d opinião pública portuguesa a guerra continua em África.
Mário Soares, nomeado Ministro dos Negócios Estrangeiros, procura sem êxito o cessar-fogo com os movimentos da guerrilha.
Em Junho, em Lusaca, na primeira negociação formal com a Frelimo, a delegação portuguesa acaba por revelar as suas divisões ante o adversário que as vai aproveitar e explorar.
A instabilidade social instala-se em Angola e Moçambique. Paradoxalmente é em Angola, onde a situação militar está controlada que irrompem os primeiros focos de violência.