Isménia Abreu atravessou da ditadura para a liberdade na rádio pública

por RTP

Gravação e edição de imagem: Pedro A. Pina - Antena 1

A rádio pública comemora 80 anos esta semana e foi ao encontro de algumas das pessoas que a ajudaram a manter viva. Isménia Abreu é uma delas.

Isménia Abreu tem 69 anos. Entrou na Emissora Nacional em 1972 como coordenadora dos estúdios, garantindo que a emissão decorria com normalidade e marcando o trabalho aos locutores.

Entretanto surgiu uma vaga no departamento de informação e Isménia Abreu tornou-se jornalista. Atravessou os últimos anos da ditadura e os primeiros tempos de liberdade. Foi uma das primeiras mulheres a ler ao microfone as notícias que ela própria escrevera.

Para além de haver a comissão de exame prévio, imposta pelo regime, a emissora fazia uma censura própria dentro da redação. Isménia viveu esse tempo e a transição para a liberdade, bem como a mudança de Emissora Nacional para RDP.

Foi redatora ao lado de Herberto Hélder na curta passagem do malogrado poeta pela rádio pública. É um percurso que fica também para a História da rádio pública registado nesta entrevista à Antena 1.
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