Autárquicas 2025. Viana do Castelo

Realiza-se este domingo mais um debate autárquico, desta feita entre os candidatos à presidência da Câmara de Viana do Castelo. É emitido às 19h30 na RTP3.

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RTP

Há sete candidatos a concorrer nas eleições de outubro à liderança da Câmara de Viana do Castelo, governada há 32 anos pelo Partido Socialista.
Candidatos à Presidência da Câmara
Luís Nobre - PS
O atual presidente da Câmara de Viana do Castelo recandidata-se a um segundo mandato. Luís Nobre foi novamente o escolhido pelo Partido Socialista para concorrer à liderança da autarquia. Com um programa definido como “Continuar a Acreditar nos Vianenses”, o arquiteto de formação quer apostar na construção casas a custos controlados para a classe média, alargar a nova rede de transportes públicos e criar um corpo de polícia municipal.

O socialista tem larga experiência autárquica, contando com 16 anos nas funções de vereador deste município e 11 anos como membro do executivo da Freguesia de Deocriste. Luís Nobre é o atual presidente da Comissão Executiva do Eixo Atlântico e também presidente da Assembleia Intermunicipal da Rede Portuguesa de Municípios Saudáveis e representa o Município nos Conselhos de Administração de várias entidades de relevância regional e nacional.
Paulo Morais - PSD / CDS
Paulo Morais é o candidato apoiado coligação AD – Coligação PSD/CDS a Viana do Castelo nas autárquicas deste ano, com vista a um “Novo Rumo” para o município. Natural desta cidade do Alto Minho, o candidato independente conta com um vasto currículo político e experiência autárquica. Entre 2002 e 2005, foi vice-presidente da Câmara do Porto, eleito pelo PSD, tendo a seu cargo pelouros do Urbanismo, Ação Social e Habitação. Em 2013, Paulo Morais desfiliou-se do Partido Social Democrata. Três anos depois, foi candidato independente às eleições presidenciais e, em 2019, também como independente, concorreu a um lugar no Parlamento Europeu, apoiado pelo partido Nós, Cidadãos! e Partido da Terra — MPT.

Aos 61 anos, é docente na Universidade Portucalense, presidente da Frente Cívica, Associação de Intervenção Cívica, que fundou em 2016, e comentador televisivo. Foi perito do Conselho da Europa em missões internacionais sobre boa governação pública, luta anticorrupção e branqueamento de capitais. E integrou o grupo de trabalho para a revisão do Índice de Perceções da Corrupção, levada a cabo pela Transparency International. O candidato quer um rumo novo para Viana do Castelo e promete na campanha “transparência” e combate à “corrupção e compadrio” no Urbanismo.
José Maria Flores - CDU
José Maria Flores é o candidato da CDU (a coligação PCP/PEV) à Câmara Municipal de Viana do Castelo. Natural do concelho de Reguengos Monsaraz, em Évora, fixou-se no município a que se candidata há 22 anos e integrou executivos da junta de freguesia de Santa Maria Maior. O técnico industrial de 60 anos candidata-se à autarquia, tendo como prioridades a mobilidade, a habitação e a cultura, contra “a propaganda do PS” e velhos projetos da direita.

O candidato comunista é dirigente sindical do SITE-Norte, tem intervenção destacada ao longo dos anos em defesa dos direitos dos trabalhadores de todo o Alto Minho e particularmente do concelho de Viana do Castelo.
Carlos da Torre - B.E.
O candidato do Bloco de Esquerda à Câmara de Viana do Castelo nas autárquicas de outubro é Carlos da Torre. Candidatura que visa tirar o concelho de uma “realidade medíocre” e fazê-lo “sair da cepa torta”. Designer e artista visual, o candidato bloquista tem o “compromisso” de “reforçar a defesa dos interesses da população e aprofundar a democracia local”.

Carlos da Torre fez a sua formação de base no Curso de Ingresso no Ensino Superior Artístico da Cooperativa de Ensino Polivalente Artístico Árvore e frequentou o Curso Superior de Desenho da ESAP (na época, “Árvore” também). Foi professor de Educação Visual e formador em diversos cursos de formação profissional. Dirigiu a comunicação e imagem de marca de várias empresas nas últimas três e ainda se dedicou a projetos artísticos pessoais na área do desenho digital. No currículo político e autárquico, foi o primeiro candidato pelo Bloco de Esquerda à Câmara Municipal de Caminha em 2001, e de 2010 a 2013 representou o BE em sessões da Assembleia Municipal de Caminha como Deputado Municipal.
Eduardo Teixeira - Chega
O Chega avança com o nome de Eduardo Teixeira para candidato à Câmara Municipal de Viana nas eleições autárquicas de 2025, sob o lema “Amar é salvar Viana”. Economista de profissão, é atualmente vereador independente na mesma autarquia e deputado pelo partido Chega na Assembleia da República, depois de ter sido eleito pelo círculo eleitoral de Viana do Castelo.

Nascido e criado neste município do Alto Minho, Eduardo Teixeira desfiliou-se do PSD em 2024 para encabeçar a lista do Chega às eleições legislativas desse ano pelo círculo de Viana do Castelo. O candidato chegou a ser deputado do PSD, entre 2013 e 2017, e já tinha concorrido à autarquia da cidade pelos sociais-democratas.
Duarte de Brito Antunes - Iniciativa Liberal

Pela Iniciativa Liberal concorre Duarte de Brito Antunes à presidência da Câmara Municipal de Viana do Castelo. O candidato tem 45 anos e é engenheiro civil de profissão, tendo-se licenciado na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto em 2004 e contando “com mais de 15 anos de experiência em grandes projetos de infraestrutura em diversos países”.

O candidato natural de Ponte de Lima tem 45 anos e tem-se dedicado ao investimento imobiliário nos últimos anos. Candidata-se sob o lema “Onde há liberdade, há futuro. Onde há futuro, há Viana”.
Luís Arezes - ADN
O partido Alternativa Democrática Nacional (ADN) apresentou a sua candidatura à Câmara Municipal de Viana do Castelo com Luís Arezes como cabeça-de-lista. Natural e residente em Barcelos, com 58 anos, o candidato é licenciado em Gestão de Recursos Humanos e Psicologia do Trabalho.

Trabalha como consultor nas áreas de recursos humanos, comunicação e serviços digitais, já desempenhou funções comerciais e técnicas no Banco Comercial Português e integrou o Conselho de Administração do SAMS-Norte durante cerca de quatro anos. Luís Arezes concorreu, nas legislativas de 2024, pelo círculo eleitoral de Braga pelo partido Nova Direita. Lidera agoea “a primeira candidatura a nível concelhio do ADN”, e tem como meta eleger “pelo menos um vereador", para enfrentar “graves problemas” do concelho, com destaque para a “imigração excessiva e ilegal”, o “urbanismo desordenado” e a “gentrificação que afasta os residentes”.
Viana do Castelo em números
- População: 86.975 (+1,1% em relação a 2021)
- N.º de eleitores: 81.802
- Rendimento médio mensal: 1.341€
- Habitação por m²: 1.429€ (+40% em relação a 2021)
- Ramo de atividade com mais trabalhadores:
  • Indústrias transformadoras
  • Comércio a retalho (exceto veículos)
  • Administrativa e dos serviços de apoio
- N.º de empresas:
  • Pequenas: 11.523
  • Médias: 56
  • Grandes: 14
- Desemprego: 3,7%
- Vitórias eleitorais em Autárquicas: PS – 8 / PSD - 5
Notas metodológicas: A RTP reuniu os dados de cada concelho no que diz respeito à população, rendimento médio mensal, ramos de atividade dominantes na economia, percentagem de pessoas inscritas no centro de emprego e valores [da] habitação. Para além das 18 capitais de distrito, às quais se juntam Ponta Delgada e Funchal, damos também destaque aos dois concelhos mais populosos do país: Sintra e Vila Nova de Gaia.
Ao nível da população, [consideram-se] as estimativas provisórias de população residente – pós-censitárias – revistas em junho de 2024, com variação percentual em relação aos Censos de 2021. O número de eleitores diz respeito a 15 de junho de 2025, conforme consta no Diário da República n.º 115/2025, Série II de 2025-06-17.
Relativamente ao rendimento médio mensal, contabiliza-se o valor bruto, em euros, auferido pelos trabalhadores por conta de outrem de cada concelho em 2023. Para efeitos de comparação, a média nacional situava-se em 1.460,8 €, mas apenas seis dos concelhos analisados estão acima deste valor ou com valores aproximados.
Quanto aos ramos de atividade com maior número de trabalhadores, são apresentados os três setores com mais pessoal empregado. Os dados referem-se a 2023, mas refletem a tendência dos últimos anos.
No que respeita às empresas de cada concelho, as pequenas têm até 50 trabalhadores e um volume de negócios até 10 milhões de euros; as médias têm menos de 250 trabalhadores e até 50 milhões de euros; e as grandes contam com mais de 250 trabalhadores e um volume de negócios superior a 50 milhões de euros (dados de 2023).
Incluem-se ainda os dados do desemprego no continente, nomeadamente a percentagem de pessoas inscritas nos centros de emprego (à procura do primeiro emprego ou desempregadas), calculada a partir do valor médio mensal de inscritos em 2024. Nas regiões autónomas, foi apenas possível obter os dados relativos à taxa de desemprego (NUTS II – 2024) no 2.º trimestre de 2025. Para comparação, a percentagem nacional foi de 5,9 %.
Sobre a habitação, os dados apresentam o valor mediano da avaliação bancária por metro quadrado registado em 2024, com a respetiva variação percentual face a 2021, ano das anteriores eleições autárquicas. A referência nacional situa-se em 1.662 €/m² e a variação nacional foi de um aumento de 35 %.
Por fim, são também apresentados os resultados das anteriores eleições autárquicas, realizadas em 26 de setembro de 2021.

Fontes: PORDATA; INE; Secretaria-Geral da Administração Interna; Diário da República; CNE

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