Passos Coelho condena rótulos que já o fizeram passar por "fascista"

por RTP

Pedro Passos Coelho apresentou esta segunda-feira o seu livro "Identidade e Família". Para o antigo primeiro-ministro, na atualidade é crescente a atribuição de "rótulos", o que já o fez passar por "fascista".

“Nós sabemos que há, no espaço público – não é só em Portugal – uma preocupação de, excessivamente (…), procurar criar rótulos. Não são meros rótulos de simplificação da nossa linguagem”, mas também outros “que são colocados com uma intenção clara de desqualificar aqueles que lançam as discussões, de os diminuir e de os condicionar”, declarou.

Para Pedro Passos Coelho, “Portugal, apesar de algum atraso nesta abordagem, também vem conhecendo este vício que diminui o espaço público e procura reconduzir certas discussões” a “uma espécie de gente que é ultramontana” e ultraconservadora.

Como exemplo, o antigo chede de Governo refere que em “espetros mais politizados é fácil descambar a linguagem para rótulos de extrema-direita radical, fascista”.

“Eu fui fascista imensas vezes, olhando às classificações que me foram atribuídas”, afirmou.

Sobre o tema da família, central no seu novo livro, declarou que “não há um único conceito de família e, historicamente falando, a família não teve sempre a mesma configuração ao longo do tempo”, já que esta “foi evoluindo com a sociedade”.
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