Plataforma estreia-se em Cabo Verde para promover cultura e identidade africana
Cabo Verde acolhe, sexta-feira, o lançamento de uma plataforma internacional que pretende ser um espaço de encontro, criação e debate para artistas africanos, com o objetivo de promover a cultura e identidade africana a nível global.
A plataforma WAUW -- Where África Unites the World (onde África une o mundo) - é "dedicada à indústria criativa africana e concebida para reforçar os laços entre o continente e a diáspora através da arte, cultura e inovação", explicou o empresário cabo-verdiano Ricardo Rodrigues, um dos promotores da iniciativa.
Em conferência de imprensa na cidade da Praia, destacou que a plataforma pretende incentivar a partilha de ideias, fortalecer redes de colaboração e desenvolver estratégias para o futuro da criatividade africana.
O projeto, desenvolvido por jovens de vários países africanos, resulta de uma parceria entre entidades governamentais, sociedade civil, instituições culturais e parceiros nacionais e internacionais.
A WAUW aposta numa abordagem abrangente, englobando setores como música, dança, artes visuais, moda, comédia, eventos ao vivo e promoção cultural.
Além de dinamizar a indústria criativa, a iniciativa pretende também posicionar Cabo Verde no plano internacional, atraindo visitantes, investidores e projetando a cultura cabo-verdiana como parte integrante da identidade africana.
O lançamento oficial decorre na sexta-feira na Sé Catedral da Cidade Velha, classificada como Património Mundial da Humanidade.
"Cabo Verde foi escolhido como país anfitrião pela sua localização estratégica, estabilidade política e económica, e pela diversidade da sua diáspora", referiu Ricardo Rodrigues.
Está ainda prevista uma cimeira de criatividade, inovação e cultura, de 26 de dezembro a 04 de janeiro, na cidade da Praia, com o objetivo de se tornar na maior plataforma de promoção da identidade africana a nível global.
O programa inclui conferências, workshops, exposições, literatura, performances e atividades para crianças.
Com um orçamento inicial superior a três milhões de euros, o projeto é financiado pelos promotores e parceiros privados e quer ainda mobilizar a diáspora cabo-verdiana para o investimento coletivo.