A guerra e os alimentos. Portugal recorre a outros países para suprir quebras

por Antena 1

Foto: Pedro A. Pina - RTP

Portugal importava da Ucrânia cerca de 30 por cento das necessidades. Agora passou a recorrer a mercados alternativos: Canadá, Brasil e, no final deste mês, vai chegar um carregamento da África do Sul.

São soluções mais caras que acabam por criar dificuldades. Não haverá escassez, considera Jaime Piçarra, da Associação Portuguesa dos Industriais de Alimentos Compostos por Animais, mas vai levar muito tempo até estabilizar os preços.

O dirigente da IACA questiona "onde está a Organização Mundial do Comércio".

Com todos os fatores somados - guerra, preço das energias, combustíveis, entre outras questões - há empresas em dificuldades. E a situação agrava-se semana após semana com estas notícias.
Quase 30 milhões de toneladas de cereais estão armazenados em silos na Ucrânia. Isto afeta sobretudo os países mais pobres, como o Líbano, a Síria e o Iémen.

A União Europeia admite criar corredores terrestes, para que os cereais cheguem por outros territórios. Algo que tem outras implicações logísticas, mas Jaime Piçarra entende que seria importante sobretudo para esses países.
Entretanto, a Rússia diz que vai cortar a exportação de cereais para proteção do próprio mercado. Uma decisão que terá impacto nos preços.
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