Autoeuropa regressa à produção após paragem de três semanas

por Carlos Santos Neves - RTP
A Autoeuropa representa 1,5 por cento do Produto Interno Bruto português José Sena Goulão - Lusa

A Autoeuropa retomou esta segunda-feira a produção depois da paragem de três semanas. Estava previsto o encerramento até 12 de novembro, devido à falta de peças de um fornecedor da Eslovénia afetado pelas cheias. Foram entretanto encontrados outros fornecedores.

Vários trabalhadores que ficaram em regime de lay-off voltam agora a ser chamados para retomar a produção de automóveis.

A unidade de Palmela do grupo Volkswagen anunciou no passado dia 20 setembro que iria retomar a produção a 2 de outubro, com menos turnos. Ainda assim, o regresso à atividade é antecipado em mais de um mês.

Ouvido na manhã desta segunda-feira pela equipa de reportagem da RTP em Palmela, Rogério Nogueira, da Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa, explicou que "a fábrica vai estar, nos dias que estão escalados, em pleno funcionamento".
"Regressam todos os trabalhadores consoante os turnos que estão planeados. Iremos produzir, de segunda a quarta-feira, a três turnos e depois, posteriormente, na próxima semana, iremos produzir de segunda a quarta-feira a três turnos e de segunda a quinta só com o turno da noite", indicou o representante dos trabalhadores.

O atual planeamento deverá vigorar até ao final do mês de outubro, ainda segundo Rogério Nogueira.O regresso à produção fica dever-se à garantia de fornecimento de uma peça crucial para o único veículo produzido em Palmela, o modelo T-Roc, junto de uma empresa espanhola e de outra chinesa.

A paragem de produção afetou dezenas de fornecedores portugueses, entre os quais empresas instaladas no Parque Industrial da Autoeuropa.

Foi mesmo anunciado o despedimento de 325 trabalhadores com vínculo precário
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A própria Autoeuropa havia também anunciado o despedimento de 100 trabalhadores temporários, ressalvando que estes seriam chamados assim que a produção fosse reativada. "Já foram chamados na semana passada e alguns deles já começaram a trabalhar hoje", adiantou Rogério Nogueira à RTP.

c/ Lusa
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