Banco Asiático de Desenvolvimento prevê crescimento económico timorense de 3,4% em 2024

por Lusa

A economia timorense deverá crescer 3,4% em 2024, impulsionada por uma política fiscal expansionista, maior investimento de capital e um consumo estável, referiu o Banco Asiático de Desenvolvimento (BAD) num relatório hoje divulgado.

No relatório sobre perspetivas de crescimento, o BAD melhorou as perspetivas de crescimento económico de Timor-Leste para 3,4%, em 2024, e 4,1%, em 2025, apoiado principalmente por investimentos de capital, serviços e agricultura, contra os 1,9% registados em 2023.

"Depois de passar por um grave stress económico entre 2017 e 2021 devido a incertezas políticas internas e choques externos, incluindo a covid-19 e o ciclone Seroja, a economia timorense tem estado num caminho de recuperação desde 2022, impulsionada pela melhoria da procura interna", afirmou Stefania Dina, diretora nacional do BAD em Timor-Leste.

Stefani Dina considerou também que deve ser aumentado o "investimento a longo prazo em capital humano, infraestruturas essenciais e serviços públicos básicos".

"É imperativo para sustentar o crescimento económico e melhorar o desenvolvimento do setor privado", salientou.

O relatório referiu também que o ambiente inflacionário "mais baixo" é uma oportunidade para Timor-Leste "investir em setores não-petrolíferos", essenciais para "manter e prolongar o dinamismo do crescimento económico".

"A priorização de Timor-Leste no aumento dos investimentos de capital é bem-vinda. Para traduzir aquele compromisso em prática, será necessário assegurar a boa implementação dos projetos de investimento, reforçar a capacidade institucional e promover reformas na gestão das finanças públicas".

Ao nível da inflação, o BAD notou que deverá ser de 3,5% em 2024 e 2,9% em 2025, à "medida que a pressão sobre os preços dos bens e serviços importados diminui e os riscos dos preços globais das matérias-primas diminuem".

O BAD prevê também um aumento do défice da balança corrente, devido à diminuição do rendimento primário e ao aumento das importações, em linha com o aumento da procura interna.

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