China assegura que vai estar sempre aberta às empresas estrangeiras

por Lusa

O primeiro-ministro chinês afirmou que a China estará sempre aberta às empresas estrangeiras e comprometeu-se a tomar medidas para aumentar a confiança na segunda maior economia do mundo, informou hoje a imprensa estatal.

Li Qiang fez estes comentários no domingo, durante um encontro com Lee Jae-yong, presidente da Samsung Electronics, na véspera da cimeira trilateral entre a Coreia do Sul, China e Japão.

O gigante mundial da produção de semicondutores e telemóveis, que é uma das maiores empresas estrangeiras na China, investiu milhares de milhões de dólares em instalações para produzir `chips` e produtos eletrónicos.

"As empresas estrangeiras são essenciais para o desenvolvimento da China e o mega mercado chinês estará sempre aberto às empresas estrangeiras", afirmou Li, durante a reunião com o diretor da Samsung, segundo a agência de notícias oficial chinesa Xinhua.

"Pequim vai adotar medidas como a expansão do acesso ao mercado para melhorar o ambiente empresarial, de modo a que as empresas estrangeiras possam ter confiança no seu investimento e desenvolvimento na China", acrescentou.

"A China dá as boas-vindas às empresas sul-coreanas, incluindo a Samsung, para que continuem a desenvolver o seu investimento e cooperação na China", vincou.

A Câmara de Comércio da União Europeia na China declarou recentemente que os seus membros enfrentam dificuldades no país, nomeadamente em termos de acesso ao mercado e de barreiras regulamentares.

Durante o seu encontro com o presidente da Samsung, Li Qiang também "apelou às empresas da China e da Coreia do Sul para explorarem ainda mais o seu potencial de cooperação em novos domínios, como a inteligência artificial", noticiou a imprensa local.

A Samsung é uma das poucas empresas capazes de produzir `chips` semicondutores avançados, componentes essenciais na produção de alta tecnologia, incluindo inteligência artificial, mas que têm também aplicações militares.

Os `chips` estão no centro do braço de ferro tecnológico entre os Estados Unidos e a China. Washington tomou uma série de medidas para impedir que a China tenha acesso às tecnologias de ponta em semicondutores, incluindo a oferta de incentivos no valor de milhares de milhões a empresas como a Samsung para deslocalizarem a produção para os EUA.

 

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