Para o primeiro-ministro a aprovação da privatização da TAP revelou "muita coragem" do Governo. A oposição e os sindicatos rejeitam veemente o processo e o Partido Socialista adverte mesmo que este está numa "fase intercalar" e que um Governo socialista o fará reverter.
O Governo anunciou hoje em Conselho de Ministros que vendia a transportadora aérea portuguesa ao consórcio Gateway de David Neelman e Humberto Pedrosa, rejeitando a proposta de German Efromovich.
Para o PCP a TAP foi vendida por "uma bagatela" e é uma traição nacional Mariana Mortágua, pelo Bloco de Esquerda, acusou o Governo de "cara de pau" por anunciar a venda da Tap como benefício. O BE admite recorrer aos tribunais para travar a privatização.
Já o Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos ainda espera que o processo seja travado, já que lhe levanta dúvidas e receios. O SITAVA não considera que o caminho da viabilização económica da empresa passe pela venda. Para a Comissão de Trabalhadores, que há vários anos se opõe à prvarização da TAP, a decisão é de lamentar e espera que possa ser revertida nos tribunais. O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) relembrou que o processo de privatização da TAP, que o Governo deu hoje por concluído com a venda da transportadora ao consórcio Gateway, ainda não chegou ao fim.
Também para o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil a privatização da TAP não é um dado adquirido. Em comunicado, reforça que é importante lembrar que falta a decisão do Supremo Tribunal Administrativo, quanto às Providências Cautelares interpostas e respectivas acções judiciais.
Refere o sindicato dos pilotos que falta também o aval de Bruxelas. E, porque estes processos demoram meses a serem concluídos, falta ainda o aval e assinatura do próximo Governo.
A direcção do sindicato reforça que, ainda: "aguardamos, mas, seguramente, não parados."