Economia
Despedimentos em massa. O que se está a passar nas gigantes tecnológicas?
A indústria tecnológica está a ser assolada por uma vaga de despedimentos em massa. Desde o Twitter, à Meta, Netflix e Amazon, no total mais de 100 mil trabalhadores de empresas tecnológicas perderam os seus empregos este ano. A inflação recorde e a elevada contratação durante a pandemia estão a ser apontadas como as principais causas para esta onda de despedimentos.
Os sinais de mudança para as empresas tecnológicas surgiram logo na primavera. Em maio, a Netflix anunciava que ia despedir 150 trabalhadores, após ter apresentado pela primeira vez na década uma desvalorização na marca em quase 60 mil milhões de dólares. Desde então, a vaga de despedimentos difundiu-se por todo o Silicon Valley.
Na passada quarta-feira, a Meta, a empresa dona do Facebook, Instagram e do Whatsapp, anunciou que vai despedir mais de 11 mil trabalhadores. Para além de ser o maior despedimento coletivo da história da empresa fundada por Mark Zuckerberg, é também o maior já realizado por uma empresa de tecnologia.
Também o Twitter não escapou a esta onda de despedimentos e irá perder 3700 pessoas, cerca de metade dos funcionários da empresa. Elon Musk, que comprou recentemente a rede social, justificou a onda de despedimentos com a perda de milhões de dólares que a empresa está a sofrer diariamente.
A Microsoft e a Snap, a dona da aplicação Snapchat, também confirmaram o corte de mil postos de trabalho.
A mais recente gigante tecnológica a fazer cortes profundos na sua base de funcionários foi a Amazon. Segundo avançou o New York Times esta segunda-feira, a Amazon está a planear demitir cerca de dez mil funcionários a partir desta semana. Os cortes irão concentrar-se na organização de dispositivos da empresa, na área comercial e nos recursos humanos.
No total, mais de 100 mil funcionários de empresas de tecnologia terão perdido os seus empregos este ano, segundo o Layoffs.fyi, um site que monitoriza as demissões na indústria tecnológica.
Efeito pós-pandemia
Mas afinal, por que está a indústria tecnológica a ser arrasada por uma onda de despedimentos? Os responsáveis pelas principais gigantes tecnológicas já admitiram o erro: a elevada contratação dos últimos anos.
Incitados pelos lucros crescentes durante a pandemia, os dirigentes das gigantes tecnológicas decidiram expandir e aumentar as contratações. Agora veem-se confrontados com um choque económico, com os prejuízos a aumentar e as subscrições a diminuírem face à elevada taxa de inflação e à esperada recessão nos EUA, o que os obriga a seguir o caminho dos despedimentos coletivos.
Os anos de pandemia da covid-19 foram dos mais lucrativos para a Amazon, com os consumidores a aumentarem as compras online e a aderirem aos seus serviços. Nos últimos dois anos, a multinacional duplicou o número de funcionários. No entanto, no início deste ano, o crescimento da Amazon desacelerou para a taxa mais baixa em duas décadas, quando o efeito da pandemia estalou.
O mesmo aconteceu com a Meta, que duplicou o número de funcionários nos últimos três anos.
“Quando os tempos estão favoráveis, temos excessos, e excessos levam a supercontratação e otimismo”, disse Josh Wolfe, investidor da Lux Capital, ao New York Times. “Nos últimos dez anos, a abundância de dinheiro levou a uma abundância de contratações”, acrescentou.
Na passada quarta-feira, a Meta, a empresa dona do Facebook, Instagram e do Whatsapp, anunciou que vai despedir mais de 11 mil trabalhadores. Para além de ser o maior despedimento coletivo da história da empresa fundada por Mark Zuckerberg, é também o maior já realizado por uma empresa de tecnologia.
Também o Twitter não escapou a esta onda de despedimentos e irá perder 3700 pessoas, cerca de metade dos funcionários da empresa. Elon Musk, que comprou recentemente a rede social, justificou a onda de despedimentos com a perda de milhões de dólares que a empresa está a sofrer diariamente.
A Microsoft e a Snap, a dona da aplicação Snapchat, também confirmaram o corte de mil postos de trabalho.
A mais recente gigante tecnológica a fazer cortes profundos na sua base de funcionários foi a Amazon. Segundo avançou o New York Times esta segunda-feira, a Amazon está a planear demitir cerca de dez mil funcionários a partir desta semana. Os cortes irão concentrar-se na organização de dispositivos da empresa, na área comercial e nos recursos humanos.
No total, mais de 100 mil funcionários de empresas de tecnologia terão perdido os seus empregos este ano, segundo o Layoffs.fyi, um site que monitoriza as demissões na indústria tecnológica.
Efeito pós-pandemia
Mas afinal, por que está a indústria tecnológica a ser arrasada por uma onda de despedimentos? Os responsáveis pelas principais gigantes tecnológicas já admitiram o erro: a elevada contratação dos últimos anos.
Incitados pelos lucros crescentes durante a pandemia, os dirigentes das gigantes tecnológicas decidiram expandir e aumentar as contratações. Agora veem-se confrontados com um choque económico, com os prejuízos a aumentar e as subscrições a diminuírem face à elevada taxa de inflação e à esperada recessão nos EUA, o que os obriga a seguir o caminho dos despedimentos coletivos.
Os anos de pandemia da covid-19 foram dos mais lucrativos para a Amazon, com os consumidores a aumentarem as compras online e a aderirem aos seus serviços. Nos últimos dois anos, a multinacional duplicou o número de funcionários. No entanto, no início deste ano, o crescimento da Amazon desacelerou para a taxa mais baixa em duas décadas, quando o efeito da pandemia estalou.
O mesmo aconteceu com a Meta, que duplicou o número de funcionários nos últimos três anos.
“Quando os tempos estão favoráveis, temos excessos, e excessos levam a supercontratação e otimismo”, disse Josh Wolfe, investidor da Lux Capital, ao New York Times. “Nos últimos dez anos, a abundância de dinheiro levou a uma abundância de contratações”, acrescentou.