Economia cresce 1,4% no primeiro trimestre, inflação cai para 2,2% em abril

por RTP
"O contributo positivo da procura interna diminuiu, observando-se uma redução do investimento e uma aceleração do consumo privado" Reuters

O Produto Interno Bruto português cresceu 1,4 por cento, em termos homólogos, no primeiro trimestre do ano e 0,7 por cento relativamente ao trimestre anterior, segundo os números divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística. Já a inflação diminuiu para 2,2 por cento no mês de abril.

O PIB, em termos reais, sofreu uma expansão de 1,4 por cento de janeiro a março de 2024. Isto depois de ter crescido 2,1 por cento no trimestre anterior.O INE observa que o contributo positivo da procura interna para a variação homóloga do Produto decresceu no mesmo período. Verificou-se um abrandamento do investimento e do consumo privado.

"O contributo da procura externa líquida para a variação homóloga do PIB foi nulo, após ter sido positivo no trimestre anterior, tendo as exportações de bens e serviços em volume desacelerado e as importações de bens e serviços acelerado ligeiramente", revela ainda o INE.

Comparando com o quarto trimestre de 2023, o PIB aumentou 0,7 por cento em volume, taxa idêntica à observada no trimestre anterior.

"O contributo da procura externa líquida para a variação em cadeia do PIB passou a positivo no primeiro trimestre, refletindo a desaceleração das importações de bens e serviços mais acentuada que a das exportações de bens e serviços", lê-se na página do INE.

Segundo o instituto, "o contributo positivo da procura interna diminuiu, observando-se uma redução do investimento e uma aceleração do consumo privado".
Inflação estimada em 2,2%
O Instituto Nacional de Estatística avança ainda que a taxa de variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) terá diminuído para 2,2 por cento em abril de 2024, taxa inferior em 0,1 pontos percentuais à observada no mês anterior.

“O indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) terá registado uma variação de 2,0% (2,5% no mês precedente)”, indica a nota do INE.
De acordo com os dados recolhidos pelo Instituto, a variação do índice relativo aos produtos energéticos aumentou para 7,9 por cento (4,8 no mês precedente), em consequência do efeito de base associado à redução de preços registada em abril de 2023 (variação mensal de -3,2 por cento).

Já o índice referente aos produtos alimentares não transformados registou uma taxa de variação nula (-0,5 por cento em março).

“Comparativamente com o mês anterior, a variação do IPC terá sido 0,5% (2,0% em março e 0,6% em abril de 2023)”, afirma o INE, estimando uma variação média nos últimos 12 meses de 2,6 por cento (2,9 no mês anterior).

Quanto ao Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, registou-se uma variação homóloga de 2,3 por cento (2,6 no mês precedente).

pub