Economia
Electrão recolheu mais de 200 toneladas de equipamentos usados ao domicílio em 2023
Em 2023, o programa de reciclagem Electrão recolheu 203 toneladas de eletrodomésticos usados ao domicílio, no âmbito do projeto de recolha porta-a-porta de equipamentos. Trata-se de um aumento de 70 por cento face ao total reencaminhado para reciclagem nos dois primeiros anos deste projeto.
De entre todo o material recolhido, 70 toneladas eram compostas por equipamentos como frigoríficos e arcas congeladoras, 84 toneladas referentes a grandes equipamentos elétricos, como máquinas de lavar roupa e loiça, e ainda 14,5 toneladas de pequenos equipamentos, como ferros de engomar e torradeiras.
A restante quantidade corresponde a lâmpadas, equipamentos informáticos e pilhas.
Foto: Roberto Sorin - Unsplash
Esta iniciativa, que arrancou no município de Lisboa, está atualmente ativa em seis concelhos da Área Metropolitana – Almada, Lisboa, Loures, Moita, Odivelas e Seixal – mas a previsão é duplicar o número de municípios já este ano. Está em estudo o alargamento aos concelhos de Amadora, Cascais, Mafra, Oeiras, Palmela e Sintra.
A expansão deste projeto, em resultado também da elevada procura, tem permitido aumentar significativamente a recolha destes equipamentos usados, com benefícios para os cidadãos, a saúde e o ambiente, explica o Electrão. Um estudo desenvolvido pelo Electrão concluiu que três em cada quatro dos equipamentos elétricos usados, colocados pelo cidadão na via pública, para recolha posterior por parte dos serviços municipais, são desviados para o mercado paralelo. Este mercado informal não acautela uma correta descontaminação, o que acarreta graves impactos para a saúde e ambiente.
“Com esta iniciativa pretendemos dar a possibilidade ao cidadão de encaminhar para reciclagem os grandes eletrodomésticos avariados ou fora de uso de forma cómoda e gratuita. Esta solução é uma alternativa à rede instalada em todo o território nacional que pode ser consultada no site ondereciclar.pt”, sublinha o diretor-geral do Electrão, Ricardo Furtado.
Este projeto do Electrão permite, ao mesmo tempo, travar a tendência de acumulação de equipamentos elétricos, garantir a proteção da saúde humana e do ambiente e combater o mercado paralelo.
O projeto é promovido em estreita colaboração com os municípios, nomeadamente na divulgação do serviço e gestão dos pedidos de recolha. As autarquias são uma peça fundamental da cadeia de valor para que se atinjam as ambiciosas metas de reciclagem a que Portugal está obrigado.
Foto: Electrão
2.800 recolhas e 4.200 eletrodomésticos transportadosEm 2023, beneficiaram deste serviço de recolha de eletrodomésticos ao domicílio 2.806 famílias. Ou seja, em média, cada agregado familiar entregou 1,5 equipamentos usados para reciclagem, o que resultou, no total, em cerca de 4.200 eletrodomésticos recolhidos.
O serviço é requisitado pelos munícipes para a recolha de eletrodomésticos volumosos, como máquinas de lavar roupa ou frigoríficos, mas acabam por ser entregues, normalmente, outros equipamentos elétricos fora de uso de pequena dimensão esquecidos nas gavetas, como telemóveis, lâmpadas e ainda pilhas usadas.
Foto: Hafidh Satyanto - Unsplash
As recolhas são gratuitas e podem ser agendadas em articulação direta com o Electrão ou com as câmaras municipais dos concelhos abrangidos. A equipa de recolha assegura o transporte dos eletrodomésticos usados desde o interior da residência, garagem ou arrecadação até ao veículo. Posteriormente, os equipamentos recolhidos são encaminhados para reciclagem.
Com este sistema de recolha porta-a-porta, a Electrão diz permitir garantir que 99 por cento dos equipamentos estão completos, o que significa que todos os componentes nocivos para o ambiente podem ser eliminados em segurança em unidades especializadas. Esta prática promove também a redução de custos ambientais e de tratamento.