Falta de reconhecimento da importância da atividade na base do protesto

por Lusa

Os agricultores que participam hoje no bloqueio da A25 no concelho de Almeida, distrito da Guarda, pedem mais reconhecimento e valorização da atividade, e lembram que este é um setor vital para a sociedade.

"Precisamos duas ou três vezes por ano de um médico ou de um advogado, mas precisamos várias vezes por dia do agricultor", salientou João Afonso Batista, agricultor na área da produção animal em Castelo Branco.

Rui Sequeira, também de Castelo Branco, evidenciou que "é uma luta diária para manter as explorações".

"Os animais precisam de ser alimentados todos os dias", apontou o produtor.

Os agricultores lembraram o impacto que a guerra da Ucrânia tem tido no aumento dos custos de produção e lamentaram a falta de apoios.

"A palha passou de seis cêntimos para 20 cêntimos", exemplificou Rui Sequeira.

O fruticultor João Calhau, de 47 anos, viajou de madrugada de Moimenta da Beira, distrito de Viseu, para se juntar ao protesto por estar "descontente com a política do Ministério da Agricultura".

Sobre a sua área de atividade criticou o facto de se imputar aos produtores os custos para assegurar os recursos hídricos.

"Têm de ser os produtores a fazer os investimentos para recolha da água, quando deveria ser o Ministério da Agricultura".

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