Fernando Medina garante. "Distribuímos tudo o que recebemos a mais"

por RTP

Foto: Lusa

Entrevistado na RTP, o ministro das Finanças diz que o governo distribuiu toda a receita fiscal que arrecadou a mais no ano passado.

 São mais de oito mil milhões de euros que o Estado recebeu a mais em receita fiscal no ano passado. Fernando Medina deu como exemplo os apoios que agora serão entregues aos produtores para baixar o preço dos bens alimentares no consumidor final.

Fernando Medina garantiu que a isenção do IVA de 44 bens alimentares "vai parar" ao bolso dos portugueses.

Na Grande Entrevista da RTP 3, o governante admitiu que antes existia um "risco real" de, mesmo sem IVA, os produtos não baixarem de preço e que foi por esta razão que, antes, foi contra a medida e agora é a favor, com o pacto assinado com os representantes da distribuição (APED) e da produção (os agricultores da CAP).

"A poupança que reverterá para uma família num cabaz de 100 euros, por mês, será de 12 euros", disse o ministro.
O ministro defendeu que tabelar preços seria uma má solução, pois "levaria a um possível desaparecimento" de alguns bens da cadeia alimentar.
Fernando Medina salientou que o objetivo do IVA de 0% é baixar e estabilizar preços, mas reconheceu que tal descida só vai acontecer com alguns produtos, pois outros "não vão regressar aos preços anteriores".

A proposta de lei do Governo isenta de IVA uma lista de produtos alimentares que inclui legumes, carne e peixe nos estados fresco, refrigerado e congelado, nas gorduras, azeite, óleos vegetais e manteiga.

Sobre o aumento dos salários da Função Pública, refere que foi a forma de manter a verdade do acordo, com uma inflação que acabou por ser maior do que o esperado.

Sobre a TAP, defende a demissão da administração com a certeza que advém do relatório da Inspeção Geral das Finanças.
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