Fiscalista Jaime Esteves diz que redução da despesa é muito concentrada no corte de salários e pensões

O fiscalista Jaime Esteves, da consultora PricewaterhouseCoopers (PwC), considera que a redução na despesa no Orçamento do Estado para 2014 é muito concentrada na diminuição dos salários dos funcionários públicos e nas pensões. Esta situação explica-se pelo facto de se concentrar nesses dois pontos a grande parte da despesa do Estado, mas também porque no programa de ajustamento não se iniciou de imediato um corte significativo da despesa do Estado e deixou-se este aspeto para o final do programa. Pesam também nesta situação as consequências das decisões do Tribunal Constitucional.

Ouvido pelo jornalista da Antena1 Nuno Rodrigues, o responsável pelo Departamento de Fiscalidade e Governo e Setor Público da PwC afirma que “quando olhamos para os cortes previstos para 2014 face àqueles que vigoram agora em 2013 é na franja de 600 para 1.500 euros que vamos encontrar um aumento mais significativo entre estes dois anos”.

Jaime Esteves destaca ainda as disparidades nos cortes. “Se pensarmos num funcionário público com um salário bruto de 1.500 euros reparamos que em função deste ajustamento de 2,5 a 12 por cento a redução adicional sofrida para 2014 é de 7,2 por cento. Um funcionário em idênticas circunstâncias com uma remuneração de 600 euros em que o corte é de 1,5 por cento”, explica.

Fiscalista Jaime Esteves diz que redução da despesa é muito concentrada no corte de salários e pensões

Governo apresenta proposta para o Orçamento do Estado para 2014

Corte dos salários inscrito no Orçamento do Estado como medida permanente