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IP prepara concurso para nova ponte em Fronteira

por Lusa

A Infraestruturas de Portugal está a preparar um concurso para conceção e construção de uma nova ponte em Fronteira (distrito de Portalegre), depois da destruição provocada pelo mau tempo, em dezembro, da histórica ponte da Ribeira Grande.

Questionada hoje pela agência Lusa por correio eletrónico, a empresa pública Infraestruturas de Portugal (IP) explicou que "estão em preparação" os elementos técnicos para o lançamento do concurso da empreitada, estimando-se que o mesmo "possa ocorrer durante o terceiro trimestre" deste ano.

Enquanto a construção da nova ponte não avança, a IP aguarda autorização por parte de entidades da área do ambiente para poder avançar com uma "solução provisória" que garanta em segurança a passagem naquela zona, integrada na Estrada Nacional (EN) 245.

"Aguarda-se a autorização ambiental para se poder dar início aos trabalhos da construção da solução provisória", lê-se na resposta.

A IP acrescenta que nesta altura "não está ainda definida uma solução" em relação à recuperação da ponte histórica da Ribeira Grande.

Em dezembro, o mau tempo provocou vários prejuízos em Fronteira e destruiu o tabuleiro e guardas deste "ex-líbris" da região.

A ponte granítica, de 10 arcos semicirculares e sob a alçada da IP, ficou totalmente submersa em 13 de dezembro, com a subida do caudal da ribeira, devido às fortes chuvas.

A ponte está inserida no Centro Ecoturístico da Ribeira Grande, fazendo a ligação, através da Estrada Nacional 245, entre as vilas de Alter do Chão e Fronteira.

Enquanto não avança a construção da nova ponte, a travessia está a ser efetuada através de um caminho alternativo na zona do Centro Ecoturístico da Ribeira Grande.

Em 29 de dezembro, o presidente da Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo (CIMAA), Hugo Hilário, disse à Lusa que o mau tempo que fustigou o distrito de Portalegre provocou prejuízos na ordem dos 47 milhões de euros.

O presidente da CIMAA, que preside também à Câmara de Ponte de Sor, sublinhou que os valores dos prejuízos apurados diziam apenas respeito às áreas da habitação, atividades económicas, equipamentos e infraestruturas municipais.

"Não estão incluídos aqueles que foram os prejuízos da responsabilidade do setor agrícola, que vão ter uma linha específica [de apoio] do Ministério da Agricultura", nem os danos a cargo "das Infraestruturas de Portugal, nomeadamente estradas nacionais", alertou.

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