Legislativas. Debate entre Rui Rocha (IL) e Luís Montenegro (AD)
Debate RTP. "IL tem mais ambição do que qualquer outro partido"
Debate RTP. Luís Montenegro diz-se "à prova de bala"
Rui Rocha volta a questionar: "Está Luís Montenegro em condições de garantir a estabilidade?"
“É por isso que digo aos eleitores da AD que vale a pena votar na IL”, diz Rui Rocha, afirmando que o partido tem o “espírito reformista” que falta à AD e a “capacidade de trazer estabilidade”, com a “exigência para recuperar a dignidade e a confiança nas instituições”.
“Está Luís Montenegro e a AD em condições de garantir a estabilidade?”, volta a perguntar Rui Rocha. “A resposta é sim e é a forma de evitar um Governo socialista em Portugal”, responde Montenegro.
"Estive em exclusividade absoluta", garante Montenegro
A grande diferença da IL para a AD é a "racionalização do Estado"
"Nós precisamos mesmo de reformar o país, precisamos mesmo de acelerar o país, para estarmos mais resilientes, mais capazes de enfrentar qualquer questão que se ponha no futuro", defendeu.
A dificuldade passa por uma "Administração Pública que não foi reformada, quando temos um crescimento da despesa de oito mil milhões em 2025", explicou.
A diferença entre as propostas da AD e da IL "está no foco, que permite trazer mais dinheiro para as famílias e para as empresas, na racionalização do Estado". É "aí que a Iniciativa Liberal quer mais e que a AD não tem respondido a esta necessidade", acrescentou.
Para o líder liberal, entre os problemas decisivos da sociedade portuguesa estão "a habitação", propondo trazer "mais casas para o mercado e baixando o IVA da construção", e a "competitividade", que pretende incrementar "indo mais longe na descida dos impostos" do que a AD.
Governo "atirou dinheiro para cima dos problemas" sem reformar
Comentando afirmações do líder do PSD, de que está a dar razões para os eleitores de outros partidos votarem na AD, Rocha referiu que "os eleitores não são todos iguais".
Montenegro "está cada vez mais parecido com o Partido Socialista", apontou.
Concordando com a necessidade de reformar a Administração Pública, o líder liberal manifestou discordância "como isso foi feito, sem nenhum critério reformista".
"Vinha um grupo, fazia barulho e o Governo passava o cheque, a seguir vinha outro, fazia barulho e o governo passava o cheque. E isto não teve, subjacente, uma reforma da Administração Pública", sustentou.
"Parece atirar dinheiro para cima dos problemas sem resolver a base das coisas", criticou.
"Temos um caminho" sustenta Montenegro
"O mundo está diferente e é por estar diferente que nós estamos a calibrar as nossas propostas, estamos a fazê-lo com prudência, com moderação e com sentido de responsabilidade", garantiu.
Como exemplo, deu as propostas do IRC ficar pelos 17 por cento e do IRS baixar, "para todos", em dois mil milhões de euros até 2029, as quais, em conjunto, "conferem a possibilidade de aumentarmos a produtividade e o investimento", o que, sustentou, irá "criar riqueza".
Esta riqueza irá "gerar receita fiscal apesar das cargas diminuirem", garantiu.
A saúde, os impostos e "trapalhada inicial" de Luís Montenegro
O líder da Iniciativa Liberal confrontou o primeiro-ministro com a promessa de que em 2025 todos os portugueses teriam médico de família e afirmou que tal “manifestamente não vai acontecer”.
O líder da IL continuou e referiu que apesar da pequena descida dos impostos, não era o que os portugueses esperavam e que apesar de a Iniciativa Liberal ter votado a favor do IRS Jovem, os mesmos ainda sofrem com salários baixos e muitas dificuldades em comprar casa.
“Há aqui umas gerações, que chamo as gerações dos entalados, de pessoas que têm hoje entre 35 anos de idade e 65 anos de idade. Estas pessoas passaram pela crise do subprime, a crise das dívidas soberanas, a intervenção da Troika, Covid, a crise inflacionista, a crise da habitação. Estas são as pessoas que carregam o país às costas, que carregam o esforço fiscal às costas e para estas pessoas a governação da AD foi de uma total ausência de soluções”.
E explicou que tal aconteceu porque os impostos tiraram muito às pessoas, garantindo que a Iniciativa Liberal tem uma velocidade diferente, mais rápida do que a da AD e que quer corrigir estas falhas do governo.
Luís Montenegro garantiu que nas pessoas entre os 35 e os 65 anos, a AD baixou muitos os impostos, contrapondo as ideias de Rui Rocha.
Ministra da Saúde. Luís Montenegro não abdicará de Ana Paula Martins
Questionado sobre a ministra da Saúde, Luís Montenegro garantiu que vai manter aposta.
“Em princípio será eleita deputada, a partir daí, quando tivermos que formar governo tomaremos as nossas opções”.
Impostos e saúde. Montenegro deixou várias críticas a Rui Rocha e recusa falhas
Luís Montenegro lembrou que a AD baixou a carga fiscal e afirmou que foi algo que aconteceu pela primeira vez. “Era bom que um partido liberal enfatizasse circunstância de a carga fiscal ter descido”.
“Um orçamento do estado que baixou o IRC”, criticando
Sobre a saúde, Luís Montenegro rejeitou um falhanço mas fala num desafio e relembrou que a AD quis reavivar as PPP, medida que a Iniciativa Liberal apoia.
“É um programa que foi buscar a capacidade de gestão ao setor privado”. Luís Montenegro elogiou também as unidades de saúde locais e afirmou que o tempo nos serviços de urgência baixou em 15 por cento com o governo da AD.
“Nos amarelos e nos laranjas foram mais [tempo encurtado] ainda. Nos laranja, que são prioritários, a diminuição do tempo de espera foi de 36 por cento. Portanto, as coisas não estão como nós queremos que estejam mas estão melhor este ano do que no ano passado”, continuou o primeiro-ministro.
Rui Rocha diz que Montenegro "não foi reformista e não assegurou a estabilidade"
Rui Rocha diz que as reformas e a mudança foram “abandonadas” quando Montenegro se “encostou ao PS”.
Rui Rocha acusa a AD de ter falhado na saúde e afirma: “Os portugueses sabem que se quiserem mais salário, habitação, saúde e eficiência no Estado, o voto é na IL”.
Montenegro diz que "há uma certa montenegrização do pensamento político da oposição"
“Não somos socialistas porque não queremos um país demasiado estatizado. Mas somos defensores, no entanto, que o Estado deve garantir os serviços públicos essenciais”, afirma Montenegro.
"Tem Montenegro a capacidade de estar à altura da responsabilidade que a IL demonstrou?", desafia Rui Rocha
“Se estamos aqui, é porque Luís Montenegro geriu com irresponsabilidade toda a situação que nos levou até este dia”, afirmou.
“A IL está com um compromisso total e um sentido de responsabilidade para assegurar três coisas fundamentais: estabilidade, mudança e reforma e recuperação da dignidade das instituições”, acrescentou.
“Tem Luís Montenegro a capacidade de estar à altura dessa responsabilidade que a IL demonstrou?”, questiona.